Artigos Destaques

Confissões de um Velho descrente!

Comente este artigo!

Submit to FacebookSubmit to Google PlusSubmit to TwitterSubmit to LinkedIn

alt

Alimentava aversão radical ao WhatsApp. Depois de merecido pito do Velho Brito, contradizendo a antipatia ranzinza ao prestigioso aplicativo, e mídias si­milares, resolvi afagar a modernidade hi-tech como voyeur do uótisape72.   

   Assumido papel de tarado insone na fechadura, para compartilhar os alheios prazeres de alcova, experimento indescritíveis momentos de satisfação diária no toque incessante da tela de roto esmartefone, curtindo a algaravia geral. 

    Divirto-me, reflito, até me emociono. Quem, em sã consciência, não balançou lendo a narrativa das visitas do Hayashi ao Dias Costa e ao Candinho, expres­são eloquente de amizade desinteressada? Sem pieguice, o périplo do verda­deiro samurai da bondade sensibilizou a rapaziada sessentona, sem dúvida marejando pupilas. Aliás, no prosseguimento do relato o nobre infante expõe surpreendente faceta de bom-humor pessoal, desmentindo a persona sisuda aparentada nos idos acadêmicos. Grande Hayashi...

    O WhatsApp potencializa atitudes fantásticas. Margarida dos Reis, BQ 65/83, Estélio Aparício, Mellinho G, Honório, Mourão, Biagio, Alvarenga e tantos afas­tados do convívio grupal reapareceram graças ao Brito, faz-tudo da rede que de velho só tem os cabelos prateados. Mesmo este bagrinho arriscou-se a cer­rar fileiras digitais em defesa de Brodósqui nas pessoas de seus ilustres varões, o imortal Cândido Portinari e o elegante José Mário Facioli.  Entusiasmado, bolei o seguinte proclama: “Desautorizam-se jovens MMM a desenvolver solidão, insônia, depressão, mau-humor, gota, hipertensão, cardiopatia, diabetes, Alzheimer, TOC, inapetência sensorial, micções noturnas e demais sintomas existenciais tardios. Recomendam-se doses maciças de uótisape72. Revogam­-se prescrições alternativas”.

   A maturidade plena traz avanços, abomina farisaísmos, aguça sensibilidades. Vovôs expressam sentimentos na lata, sem maquiagem social. É o fogo e aço, ferro e balaço do exponencial pensador, meu irmão Salvany, querido aniversa­riante da semana a quem reverencio de coração. Assim, a web3M configura prodigioso cenário de efusivas manifestações afetivas. Ao mote propagado– “estamos ficando velhos de corações moles”... – eu acrescentaria...“ e mais sinceros”...

   Quando li comentário sobre emérito pesquisador araçatubense - “fulano de tal, sorriso sedutor, dentes perfeitos”- meu estarrecimento desandou agravado pela inação dos patrulheiros de plantão. Dias transcorridos, decidi adaptar-me aos tempos correntes a fazer confissões há décadas reprimidas. Liberou geral?  Rumo ao divã MMM incorporar CONFISSÕES DE VELHO DESCRENTE.

   Alimentava aversão radical ao WhatsApp. Depois de merecido pito do Velho Brito, contradizendo a antipatia ranzinza ao prestigioso aplicativo, e mídias si­milares, resolvi afagar a modernidade hi-tech como voyeur do uótisape72.   

   Assumido papel de tarado insone na fechadura, para compartilhar os alheios prazeres de alcova, experimento indescritíveis momentos de satisfação diária no toque incessante da tela de roto esmartefone, curtindo a algaravia geral. 

    Divirto-me, reflito, até me emociono. Quem, em sã consciência, não balançou lendo a narrativa das visitas do Hayashi ao Dias Costa e ao Candinho, expres­são eloquente de amizade desinteressada? Sem pieguice, o périplo do verdadeiro samurai da bondade sensibilizou a rapaziada sessentona, sem dúvi­da marejando pupilas. Aliás, no prosseguimento do relato o nobre infante ex­põe surpreendente faceta de bom-humor pessoal, desmentindo a persona sisu­da aparentada nos idos acadêmicos. Grande Hayashi...

    O WhatsApp potencializa atitudes fantásticas. Margarida dos Reis, BQ 65/83, Estélio Aparício, Mellinho G, Honório, Mourão, Biagio, Alvarenga e tantos afas­tados do convívio grupal reapareceram graças ao Brito, faz-tudo da rede que de velho só tem os cabelos prateados. Mesmo este bagrinho arriscou-se a cer­rar fileiras digitais em defesa de Brodósqui nas pessoas de seus ilustres varões, o imortal Cândido Portinari e o elegante José Mário Facioli.  Entusiasmado, bolei o seguinte proclama: “Desautorizam-se jovens MMM a desenvolver solidão, insônia, depressão, mau-humor, gota, hipertensão, cardiopatia, diabetes, Alzheimer, TOC, inapetência sensorial, micções noturnas e demais sintomas existenciais tardios. Recomendam-se doses maciças de uótisape72. Revogam­-se prescrições alternativas”.

   A maturidade plena traz avanços, abomina farisaísmos, aguça sensibilidades. Vovôs expressam sentimentos na lata, sem maquiagem social. É o fogo e aço, ferro e balaço do exponencial pensador, meu irmão Salvany, querido aniversa­riante da semana a quem reverencio de coração. Assim, a web3M configura prodigioso cenário de efusivas manifestações afetivas. Ao mote propagado– “estamos ficando velhos de corações moles”... – eu acrescentaria...“ e mais sinceros”...

   Quando li comentário sobre emérito pesquisador araçatubense - “fulano de tal, sorriso sedutor, dentes perfeitos”- meu estarrecimento desandou agravado pela inação dos patrulheiros de plantão. Dias transcorridos, decidi adaptar-me aos tempos correntes a fazer confissões há décadas reprimidas. Liberou geral?  Rumo ao divã MMM incorporo o sofrer de dileto super-herói, o saudoso Cap Ga­rance, afamado Bactéria.

   Fato é que o Bac vem encaixando pauladas homéricas, e isso me angustia, pois assisto ruir uma das referências magnas da Cavalaria contemporânea. En­fant terrible, a trajetória dele oscilou sempre entre o céu e o inferno em pontua­ções dramáticas radicais, contribuindo para moldar-lhe a aura de perso­nagem ora maldito, ora adorado. Na Ala, e nos bancos escolares, instrutores e professores o detestavam porque aprontava todas; a compensar, durante pe­ríodos de competições esportivas, ou nos ELD, dava o troco com saltos concei­tuais do “I” abissal para o “E” celestial, mercê de sua excelência atlético-profis­sional inconteste. Assim, da glória suprema ao bas-fond inarredável transitava o ícone das lanças cruzadas, sagrado Imperador do Capão, Condestável da Tiju­ca, Grão-Vizir do Real Engenho,   Moça Bonita, Bangu, Padre Miguel, Marechal, Ricardo de Albuquerque, Catonho e territórios limítrofes.

    Contrariando o ditado – “vai-se o homem, fica a fama” – percebo a lenda indo pro brejo enquanto o homem, transmutado no tímido Sr Bernardes aceita pe­chas impensáveis de serem digeridas por Bac, Bac do Flu, Bac do Milênio, Cap Garance e outros heterônimos dinásticos. Se liberto de sono letárgico, desme­rece a clarividência irônica de outrora, no apreciar blábláblá deste mentecapto: “Emergiu de sua espiritual grandeza, lançando um suspiro colossal de poético odor, o nosso Gigante de Ébano, atual Dom Obá III”. Ho, ho, ho, ho, valeu, Sr Bernardes...

     Observar o temível às das carrières rebaixado a Geni do uótsape72 me de­prime de montão. Nada contra Cléo, respeitável bardo-presidente da exótica ABL, pois aos luminares tudo se permite no desvario ilusionista da licença poé­tica.  

   Ainda não me julgo idoso bastante para elogiar o “sorriso sedutor e os dentes perfeitos” de confrade algum. Poderia, no máximo, repetir obviedades - “Rena­tinho, o Belo Brummel do Esquadrão”, “Boita, a gargalhada mais lasciva que conheço” ou “as assustadoras pupilas cadentes do  Bocão”. A rigor, daria até para considerar o Sr Bernardes “o olhar mais penetrante do COB”. Atenção, olhar, brother Cléo...  

    Parece inexorável a derrocada da gloriosa franquia de super-heróis cavalaria­nos. Já quase descrente de uma reviravolta épica, decidi encarar os detratores do ídolo arquetípico e daqui lanço o brado libertário: Mexeu com o Bac, mexeu comigo!

   Sendo a esperança a última que morre, lanço antes o brado lancinante:

  - Reage, Bactéria!!!

 

Rio de Janeiro, 23 de maio De 2015.

Dom Obá III, cavalariça, escala vermelha no Curral das Éguas.

oro o sofrer de dileto super-herói, o saudoso Cap Garance, afamado Bactéria.

   Fato é que o Bac vem encaixando pauladas homéricas, e isso me angustia, pois assisto ruir uma das referências magnas da Cavalaria contemporânea. En­fant terrible, a trajetória dele oscilou sempre entre o céu e o inferno em pontua­ções dramáticas radicais, contribuindo para moldar-lhe a aura de perso­nagem ora maldito, ora adorado. Na Ala, e nos bancos escolares, instrutores e professores o detestavam porque aprontava todas; a compensar, durante pe­ríodos de competições esportivas, ou nos ELD, dava o troco com saltos concei­tuais do “I” abissal para o “E” celestial, mercê de sua excelência atlético-profis­sional inconteste. Assim, da glória suprema ao bas-fond inarredável transitava o ícone das lanças cruzadas, sagrado Imperador do Capão, Condestável da Tiju­ca, Grão-Vizir do Real Engenho,   Moça Bonita, Bangu, Padre Miguel, Marechal, Ricardo de Albuquerque, Catonho e territórios limítrofes.

    Contrariando o ditado – “vai-se o homem, fica a fama” – percebo a lenda indo pro brejo enquanto o homem, transmutado no tímido Sr Bernardes aceita pe­chas impensáveis de serem digeridas por Bac, Bac do Flu, Bac do Milênio, Cap Garance e outros heterônimos dinásticos. Se liberto de sono letárgico, desme­rece a clarividência irônica de outrora, no apreciar blábláblá deste mentecapto: “Emergiu de sua espiritual grandeza, lançando um suspiro colossal de poético odor, o nosso Gigante de Ébano, atual Dom Obá III”. Ho, ho, ho, ho, valeu, Sr Bernardes...

     Observar o temível às das carrières rebaixado a Geni do uótsape72 me de­prime de montão. Nada contra Cléo, respeitável bardo-presidente da exótica ABL, pois aos luminares tudo se permite no desvario ilusionista da licença poé­tica.  

   Ainda não me julgo idoso bastante para elogiar o “sorriso sedutor e os dentes perfeitos” de confrade algum. Poderia, no máximo, repetir obviedades - “Rena­tinho, o Belo Brummel do Esquadrão”, “Boita, a gargalhada mais lasciva que conheço” ou “as assustadoras pupilas cadentes do  Bocão”. A rigor, daria até para considerar o Sr Bernardes “o olhar mais penetrante do COB”. Atenção, olhar, brother Cléo...  

    Parece inexorável a derrocada da gloriosa franquia de super-heróis cavalaria­nos. Já quase descrente de uma reviravolta épica, decidi encarar os detratores do ídolo arquetípico e daqui lanço o brado libertário: Mexeu com o Bac, mexeu comigo!

   Sendo a esperança a última que morre, lanço antes o brado lancinante:

  - Reage, Bactéria!!!

 

Rio de Janeiro, 23 de maio De 2015.

Dom Obá III, cavalariça, escala vermelha no Curral das Éguas{jcomments on}.

Add a comment

O Anjo do Oriente!

Comente este artigo!

Submit to FacebookSubmit to Google PlusSubmit to TwitterSubmit to LinkedIn

alt

Olá ÂNGELO - Bom dia - Obrigado pelas notícias e fotos dos companheiros. Como é bom ver alegres e felizes e bem de saúde. Esses dias eu visitei dois companheiros e amigos. No dia 04 de maio, visitei o DIAS COSTA. Achava que morava no endereço anterior, mas, devido a assalto na residência, a sua esposa mudou para outro imóvel. A situação do DIAS COSTA é muito triste, não fala, não anda sozinho, não reconhece mais as pessoas, emagreceu um pouco, não tem mais brilho no olhar. Não fosse a luta incansável da esposa dele (Conceição) já teria sido feito gastrectomia e traqueostomia para facilitar nos cuidados com ele. Tem um Sgt da reserva que já se conheciam e que trabalhou junto com a filha do DIAS COSTA (fisioterapeuta) no Hospital Militar de Salvador. Vem diariamente após o meio dia, exceto nos finais de semana e que ajuda nos cuidados. Como servi muito tempo no Cmdo da 6ª RM  o Sgt também me conhecia. Disse ao Sgt que me sentia mais aliviado em saber que ele estava ajudando um companheiro e amigo de turma com muita dedicação e carinho numa fase mais difícil da vida dele. Ele ficou muito emocionado. Depois chegou a Sra. CONCEIÇÃO que nos recebeu com muita simpatia e alegria. Uma verdadeira guerreira. Apesar do enorme problema não se deixa abater. Eu e o DIAS COSTA já servimos junto no Cmdo de 6ª RM. Toda vez que for a SALVADOR vamos visitá-lo, ficamos receosos à toa. A Sra. CONCEIÇÃO faz questão de nos receber.

Dia 09 de maio visitei o CANDINHO em Rio Pomba/MG de passagem ao regressar para Águas de São Pedro/SP. Ele passou por pio situação que se possa imaginar. Primeiro, fez cirurgia por estar com câncer colo retal e que teve que ser refeita para corrigir um problema. Depois enquanto estava em tratamento quimioterápico, enfartou e tinha que fazer cirurgia do coração e os médicos tinham dado de 10 a 20% de chances de sobreviver. Já é safenado e o problema anterior também esta superado. Agora vem enfrentando nódulos nos pulmões em vem fazendo tratamento quimioterápico a cada 2 semanas. Achava que ia encontrá-lo meio abatido, mas pelo contrário está forte (não emagreceu) com muita fé, confiança e com a ajuda divina irá superar mais esta provação.. Saí de lá muito animado pela alegria dele em me receber e prometi  retornar só para visitá-lo, não de passagem. Nos levou para almoçar num restaurante da cidade com a esposa dele e um dos filhos. Diga aos companheiros cariocas que o CANDINHO vai superar mais este problema e continua muito ativo, vem dando aulas num cursinho preparatório para Escola de Sgt do EB, Aer e ENEM e vem obtendo bons índices de aprovação dos seus pupilos nos exames. A aula ele vem ministrando na garagem (enorme) da sua residência. Por hora é só, acabou virando um jornal de domingo.

Um forte e fraterno abraço e lembranças aos companheiros cariocas. Tem um carioca araçatubense desgarrado, o MARCOS DE BONIS.

alt
HAYASHI{jcomments on}

Add a comment

POEMAS, CAUSOS Y CHISTES

Comente este artigo!

Submit to FacebookSubmit to Google PlusSubmit to TwitterSubmit to LinkedIn

alt

ZAURI Tiaraju de Castro - nasceu em Caçapava do Sul – Rio Grande do Sul em 05 de Maio de 1950. É casado com Daiane Hinckel Goss e tem duas filhas, Patricia com 33 anos e Maria Eduarda com 3 anos e meio. Reside em Caçapava desde setembro de 2007.

Coronel da Reserva da Engenharia do Exército Brasileiro, comandou o 10º Batalhão de Engenharia de Construção de Lages-SC por 4 anos, de 1997 a 2001.

Possui o Curso de formação de oficial do EB da Academia Militar das Agulhas Negras, (Tu MMM 72), o curso de aperfeiçoamento de oficias ESAO em nível de Mestrado, curso de altos estudos da Escola de Comando e Estado Maior do Exército em nível de Doutorado e o curso do Instituto Mili­tar de Estudios Superiores do Uruguai.

Durante sua carreira militar de 32 anos, destaca-se a sua atuação de três anos e meio na construção de rodovias pioneiras nos estados do Amazonas e de Roraima.

Exerceu por cerca de três anos o cargo de Secretário de Planejamento da Prefeitura de Lages e o cargo de Secretáqrio de Águas e Saneamento (SEMASA) por cerca de 4 anos.

Retornou para Caçapava em 2007 e em 2008 elegeu-se prefeito de sua cidade.

Possui inúmeros trabalhos literários publicados em jonais de Lages e Caçapava do Sul, Biblioteca do Exército e Editora Litteris do RJ.

Compositor nativista com 30 trabalhos gravados, inclusive um CD em parceria com a Radio Nativa de Santa Maria.

Agrega também as qualidades de declamador, repentista e tocador de gaita de botão.

Este trabalho caracteriza-se por uma diversidade de temas de diferentes enfoques. Sua formação li­terária é absolutamente intuitiva e lhe vem desde a tenra idade.

Por cerca de 30 anos este longe de suas raízes e nesse período muito pouco escreveu.

Talvez seja por isso que este livro tenha demorado tanto tempo para ir ao prelo. Novamente em Ca­çapava, trabalhou para a divulgação da sua exuberante paisagem natural. Como nesta capa, cuja depressão natural da várzea do vale do Arroio dos Lanceiros emoldurada pelo Cerro do Andrade e cli­cada pela lente descortinadora de Heron Freitas. (Capa e Contra-capa do Livro em questão).{jcomments on}

Add a comment

O GRITO DE UM EXCLUÍDO

Comente este artigo!

Submit to FacebookSubmit to Google PlusSubmit to TwitterSubmit to LinkedIn

alt

     Quase surtei ao ler o cartaz colado em birosca na subida do morro: “Prefeitura estenderá     inclusão digital ao Babilônia-Urubú”.

    Furibundo, engatei carreira ao loft-barracão, onde ingeridas infindáveis doses de maracujina analisei a tenebrosa ameaça municipal.

   Peralá!  Inclusão digital??? Pra quem???

    Critico a digitalização radical, estampada no momentoso WhatsApp. Milênios de descobertas, pencas de filósofos doidivanas, cientistas amalucados, experimentos sofisticados, artistas e obras geniais serviram apenas para a humanidade regredir ao dialeto dos aplicativos atuais?  

Dom Obá III, entocado até o rega-bofe natalício do Cobra,  08 de maio no CMPV.    Na rota 65-66, chuto o balde e acho graça, escorado em receituário antiestresse protetor das coronárias. Qual vírus insidioso contaminou a gloriosa Nação, deflagrando guerrilha escatológica virtual? Sem controlar a aflição, decidi opinar.  

   Balançava a rede plácida na supervisão serena do Velho Brito. Excluídas ocasionais manifestações corporativistas pqdt, esvaziadas na alusão oportuna ao incomparável Pqd honorário Felix, pelo Mestre Patinho, pairava civilidade até eclodir acalorado debate centrado na pujança erétil-dissuasória de saudoso confrade. Dali pra frente, pescoço virou tornozelo em violenta troca de rabos-de-arraias verbais.

   Justiça se faça. Polêmica à parte, reapareceram o Estélio,o  Melinho e o Margarida arrasador nas dicas de energéticos priápico-naturebas. Aliás, Dom Margarida dos Reis, esteja VSª detido sem previsão de soltura, por falta injustificada às comemorações barbacenenses de cinquentenário da Turma BQ/65. Estava no VI?

     Golpeada na região sacra, minha ojeriza ao universo dos kkkkkk, rrrrssssss, vc,Tb, qd, brigadão e afins começava a ruir.

     Predisposto a utilizar o WhatsApp com destreza, retrocedi ao acessar  mensagens  perdidas de Bardo Cléo.  Nelas o Shakespeare tijucano faz revelações espantosas...

   Talvez para cativar o vilão hardcore Boita B, declara-se especializado em antigas cavernas de refrigério viril, tipo Mansão Rosa e comunidade P. Azevedo. Ora, distintos leitores, nada mais surreal imaginar-se o infante de prenome gaulês, criado na Saenz Peña, culto e refinado, frequentando bambuzinhos infernais.  Delírio puro...       

    Cléo é um aristocrata dissimulado. Curte o Marais, transita em Mayfair, adora a Ribeira e o Estoril, noitadas madrilenhas, verões na Riviera, Cortina d`Ampezzo, os labirintos familiares de Praga, Estocolmo, Istambul, São Petersburgo e Moscou o habilitam a interlúdios culturais com Baci, o Cossaco, incluindo Rasputin, o monge pirado da corte czarista que consoante lenda humilharia Dom Walber Guerreiro no quesito identidade fálica.     

.

   Arriscada rota convergente, o membro da ABL – Associação de Botecos e Lupanares – ensandece de vez atribuindo, malgrado inquestionável sapiência do gaudério pampeiro, sua diplomação ecêmica a Mr Boita, em tentativa sagaz de achegar-se ao populismo circundante.   

   O maior talento desperdiçado dessa Turma multitalentosa não é o do ícone passofundense. É o dele próprio, Cléo, digno de ocupar vaga na Academia Brasileira de Letras descartada a ABL fajuta à qual se vangloria de pertencer, confirmando desvario poético.

    Permaneço voyeur no WhatsApp enquanto o temível Bardo não se dispuser a militar nas nuvens literárias, brindando legiões de admiradores incondicionais com o indiscutido requinte da sua inteligência primorosa.

   Inclusão digital irrestrita? WhatsApp? Tô fora...


Rio de Janeiro, 02 de maio de 2015.

Dom Obá III, entocado até o rega-bofe natalício do Cobra,  08 de maio no CMPV.{jcomments on}

Add a comment

DENOMINAÇÃO HISTÓRICA – 10º GAC Sl - Palavras do Comandante

Comente este artigo!

Submit to FacebookSubmit to Google PlusSubmit to TwitterSubmit to LinkedIn
alt
  • Senhoras e senhores, muito boa noite.
  •  Inicialmente, gostaria de dizer que, desde meu ingresso na Artilharia, há mais de 24 anos, quando o então TC Theophilo (Henrique) era Comandante do Curso na AMAN, eu jamais – e repito – jamais poderia imaginar que as trilhas do destino fossem nos conduzir até este momento de impressionante convergência. 
  • Qualquer artilheiro sabe que o nome Theophilo sempre vem carregado de um simbolismo peculiar. E em todas as vezes que tive contato com alguns desses militares diferenciados, ficou evidente para mim que essa aura de respeito não tinha surgido do mero acaso, nem apenas da prerrogativa de poder usar barba, mas sim de uma sólida formação moral e profissional que passa, com todos os seus rigores, de uma geração para a outra, desde o seio familiar e os acompanha no prosseguimento de toda a carreira, de toda a vida. Por isso, eu tomo a liberdade de aproveitar essa ocasião para homenagear não somente o valente militar que passa a emprestar seu nome ao nosso Grupo, mas a toda esta bela e exemplar família.
  • Quis o destino que eu tivesse a honra e o privilégio comandar esta valorosa unidade de Artilharia - operacional, vibrante, diferenciada - exatamente na época em que ela recebe a justa denominação histórica de “GRUPO GENERAL MANOEL THEOPHILO NETO”, em solene homenagem ao patriarca dessa tradicional família de militares, ou ainda melhor, dessa família de soldados, no mais nobre e profundo significado dessa palavra.
  • Entretanto, tenho certeza, os Theophilo também não imaginariam que essa feixe convergente de trajetórias viesse trazê-los à selva e os tornasse permanentemente ligados a este chão, já que suas raízes mais remotas os remetem à aprazível cidade de Fortaleza-CE.
  • Mas. ao que parece, tudo começou por iniciativa deles mesmos, quando em 1977, um dos Theophilo, que está aqui sentado conosco, escreveu um consistente trabalho indicando a possibilidade de emprego da Artilharia em Operações na Selva.  Anos mais tarde, o EME aprovou a criação da primeira OM de Artilharia na Selva: o 33º GAC Sl, que ao final de 2001 cederia seu lugar aqui em Roraima para o 10º GAC, por transferência de Fortaleza, sob comando do então TC Guilherme Theophilo, depois de ter sido comandado por três de seus irmãos mais velhos. (Hoje, o Gen Ex Theophilo é o Comandante Militar da Amazônia).
  • Nascia assim, em 2002, o 10º GAC Sl. Naquele ato, cumpria-se uma espécie de profecia, involuntariamente proferida nas palavras de despedida do GMTN em seu discurso de despedida quando deixou o  Comando do 10º GAC  em 1970, ainda em Fortaleza: “O espírito desta Unidade jamais desaparecerá. Mudarão seus artilheiros, mas o Grupo nunca mudará.”
  • Amanhã, na solenidade de recebimento da denominação histórica, falaremos mais amiúde sobre o General Manoel Theophilo Neto, militar extremamente vocacionado, firme em suas convicções e exemplo para todos os que tiveram a felicidade de conhecê-lo. Por hoje, quero apenas destacar alguns fatos de sua biografia.
  • O Gen Manoel Theophilo Neto obteve o direito de usar um cavanhaque, em virtude de antepassados que prestaram serviços à Nação desde o tempo do Império, quando os oficiais ainda podiam usar barba. Apenas isso já atesta o quão diferenciada é esta família no seio do Exército. Uma das várias amostras disso foi o fato de batizar a primeira filha com o nome de Bárbara, em homenagem à padroeira da Artilharia.
  • Era avesso ao luxo e aos avanços da tecnologia. Levava uma vida simples, quase espartana, que pode ser traduzida no nome que resolveu dar a seu sítio: “REDUTO CONTRA O PROGRESSO”. Era ali que o velho soldado buscava paz e sossego.
  • Paz e sossego que provavelmente ele não tinha quando os filhos eram pequenos, já que eram em número de oito. Qualquer um que tenha pelo menos um filho sabe o que isso deve significar.
  • Dos oito, seis – ou melhor, meia-dúzia – são homens, e todos seguiram o exemplo do pai. Todos artilheiros e de reconhecido valor profissional, tendo todos eles servido no 10º GAC. Destes, quatro comandaram o Grupo. Três atingiram o generalato. Um ocupa o posto máximo da carreira.
  • Todo esse sucesso, como já disse, não é obra do acaso. Essa força vem do velho Manoel Theophilo Neto.
  • E de onde vinha a força do velho Manoel Theophilo Neto? Nós, homens, sabemos. Vinha da esposa, com toda certeza.
  • Senhoras e senhores, é hora de homenagear aquela que, durante mais de 60 anos de convivência, ali estava o tempo todo, ao lado do grande homem, desde cadete até general. Estamos falando de Maria de Lourdes Cals Theophilo Gaspar de Oliveira. (FOTO)
  • O velho General Theophilo sempre chamou a esposa (Maria de Lourdes) carinhosamente de “MALUDE”. E, permita-me, Senhora Maria de Lourdes, referir-me à senhora, a partir deste momento, por esse apelido singelo e bastante poético, como forma de expressar nossa muito respeitosa admiração.
  • Essa história de amor, companheirismo - e, por que não dizer, devoção e luta - começou em 1944, quando o então Cadete Theophilo voltava da Academia para passar as férias de final de ano em Fortaleza. Dois anos depois, iniciaram um namoro que, como nas histórias românticas, se prolongou por toda a sua vida.
  • Tanto o é, que foi assim que a senhora descreveu a vida ao lado do velho soldado:  (abre aspas) “Quando ele me abraçava, eu sentia proteção, aconchego e uma certeza tão grande de que, em seus braços, nada de ruim poderia me acontecer.”
  • Com o casamento, em 1948, vieram os filhos e, com as transferências, teve início a vida peregrina de esposa de militar. De acordo com a Sra INÊS, a outra filha, ä cada transferência, tudo era difícil: deixar os amigos, escola nova, recomeçar do zero”.  Segundo o Gen Estevam Theophilo, foi a senhora quem arcou com o maior peso da educação dos filhos, que o velho General tratava com precedência hierárquica, conforme a idade. O mais velho era o mais antigo. Isso significava que o pequeno Estevam tinha sete irmãos que lhe davam ordens. Senhoras e senhores, pense num menino disciplinado!
  • Cruzando esse Brasil numa Kombi, em navios ou em aviões, a família foi forjando seu espírito e solidificando sua coesão. Segundo o Cel José Theophilo, o pai sempre viajava fardado e armado. Os pequenos aprendiam pelo exemplo, a enfrentar desafios e superar dificuldades. A inabalável fé cristã lhes dava força e serenidade para continuar em frente. Por trás de tudo, tinham sempre o colo amigo e carinhoso da mãe que tão bem os preparava para a vida.
  • Se essas coisas tivessem acontecido em períodos de absoluta normalidade, ainda assim não seria tarefa das mais fáceis. Mas como se não bastasse, a senhora ainda passaria por toda a instabilidade política que agitou o País naqueles tempos, especialmente na década de 1960. Relata o Gen Guilherme Theophilo que o velho Manoel Teophilo passou a tomar a iniciativa e discordar da situação vigente no país, em que políticos corruptos tentavam arrastar o Brasil em direção ao comunismo. Defensor da democracia e da legalidade, tomou posições firmes. Foi injusta e arbitrariamente punido por isso, chegando a ser preso e transferido sucessivamente para Manaus e para o Piauí. Quem seguraria as rédeas naqueles momentos terríveis e de extrema incerteza quanto ao futuro imediato, senão a incansável e onipresente Maria de Lourdes? Disso não resta a menor dúvida.
  • Mais tarde, com os filhos já crescidos, ocorreu nova mudança, dessa vez para assumir a aditância do Exército na Colômbia, e ali a zelosa e amorosa MALUDE, a par de ter que se adaptar a uma nova cultura e novo idioma, ainda teve que lidar com o segundo infarto que acometeria o velho coronel em Bogotá. Na volta apressada ao Brasil, ainda assistiu ao seu lado à cerimônia de formatura de um jovem aspirante em Resende, para em seguida partir para São Paulo onde ele seria submetido a uma delicada cirurgia de ponte safena. Relata o Gen Manoel Theophilo (ou “Manoelzinho, como a senhora o chama) que o pai sempre ensinou que eles eram capazes de vencer qualquer obstáculo. E não há dúvidas de que a senhora foi quem acabou demonstrando, na prática, a exata medida deste ensinamento, por toda uma vida.
  • Coroando uma vitoriosa e exemplar carreira militar, veio o justo reconhecimento da Força, na forma de uma mais que merecida promoção ao generalato. Nesse dia glorioso, quem conduziu a espada do velho General foi um de seus queridos filhos, o então Cadete Alexandre Theophilo, vestido em uniforme de gala, o peito cheio de orgulho. E a senhora lá, sempre com ele, na tristeza e, felizmente, nas inúmeras alegrias.
  • Muito ainda se poderia dizer sobre sua trajetória reluzente ao lado do General Manoel Theophilo Neto, hoje patrono de nosso GAC, o qual, por toda a vida, cultuou intransigentemente duas instituições: a Família e a Artilharia. “não necessariamente nessa ordem, como relata saudoso o seu primogênito, Cel Henrique Theophilo, meu eterno Comandante do Curso de Artilharia na AMAN, mas é hora de concluir.
  • É evidente que sua querida MALUDE esteve sempre presente na vida do General Manoel Theophilo Neto. Muitas e muitas vezes, onde ele não podia estar por conta dos afazeres profissionais, ali estava ela, mulher guerreira, cuidando dos oito filhos e de sua esmerada educação, em meio a transferências, atribulações e também nas horas festivas. MALUDE ali estava, tanto na luminosa promoção ao generalato, quanto na difícil transição para a reserva. E a seu lado permaneceu todos os dias, até o momento em que o Senhor dos Exércitos resolveu designar o impetuoso General Manoel Theophilo Neto para cumprir outras missões no campo celeste, levando-o dos braços de sua amada MALUDE para junto dos anjos que sempre o guiaram e iluminaram em vida.
  • Como a senhora mesma disse, ele viveu feliz  a seu lado e lhe deixou como herança essa linda família que a tem ajudado a superar a lacuna que ele deixou.
  • Dizia o bom General: “Eu jamais poderia ser outra coisa senão um soldado”. E a senhora, dona Maria de Lourdes, poderia ter sido muitas outras coisas, mas nada – NADA! - tão bonito e apaixonante como ser mulher daquele soldado ímpar, que deixou saudade no coração de um Exército inteiro e que a partir de hoje, para toda a eternidade, empresta seu nome iluminado para a Unidade que tanto amou.
  • No momento em que convido o Cadete Theophilo, seu neto, para lhe entregar uma singela homenagem, porque simples são as coisas de soldado, convido todos os presentes a reverenciar essa brilhante mulher, esposa e mãe de soldados, com uma calorosa SALVA DE PALMAS.


Ten Cel ÍSOLA

Comandante do 10º GAC SL{jcomments on}

Add a comment