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Caro e Saudoso Irmão Nilo

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 Saudações vascaínas (o verdadeiro time do povão suburbano do RJ), isto aprendi com você!!

 Percebi nesse texto sua angústia  em tentar decifrar as causas  das evidentes diferenças comportamentais do vestir e do fruir de nos­sos confrades nas reuniões da turma em Brasília e no RJ.  Suas obser­vações e conclusão sobre as diferenças comportamentais de nossos confrades periféricos da corte PTralha  e confrades do balneário cario­ca são absolutamente pertinentes e precisas.

Rogo-lhe vênia para acrescer alguns aspectos esclarecedores so­bre tais causas geradoras dessas diferenças comportamentais. Além da sua exata e fundamental  lembrança  que a Tu MMM/RJ possui na maioria de seus confrades tipos reconhecidamente bad boys da tur­ma, aloprados, tipos estranhos, exóticos, poetas, playolds, suicidas dos ares, todos eles  unidos frequentadores  contumazes dos LSs e impedimentos nas alas da tenebrosa AMAN. A psicologia explica que o sofrimento grupal une os castigados, e aí está uma das mais preci­sas causas para o clima  de esculhambação,  descontração e promis­cuidade que exala das reuniões dessa turma no Portal mágico da PV.  Assim, vou expor a grande sacada filosófica, aventada no interior da selva amazônica, numa roda de fogo, pelo meu querido, inesquecível  e saudoso Boson que disse  o seguinte: No Brasil há três tipos de povo; o povo da praia, o povo do sertão e o povo da mata.

O povo da praia se caracteriza pela descontração total, o bom hu­mor, que  está nas esquinas, nos botequins e no ar que se respira;  a música é Tom Jobim, Jorge Bem Jor, Jorge Aragão,  Anita, Tati Quebra Barraco; lá é onde as mulheres usam biquínis fio dental ou cordão cheiroso,  os homens sungas Nr 01, quem tem pudor na praia?? Bun­dalelê geral, lá é o território livre da  praia, cerveja, samba e mulher,  e a putaria  corre solta, liberação  geral, onde é proibido proibir. Os esportes são o vôlei de praia, o futebol de areia, o surf e a paquera. Nelson Rodrigues explica.

O povo do sertão é o povo circunspecto, melindrado, mal humora­do, do traje social, paletó e gravata, às vezes com  chapelão e botas  de cowboy; o  pudor sempre nas alturas, mulheres de maiôs e ho­mens de bermudas nas piscinas, nadando em miasmas de mijo, néc­tares  de bucetas e badalhocas de cus mal lavados;  os esportes con­sagrados são automobilismo, vaquejadas, rodeios, caçadas de ani­mais, fofocas, brigas de bar  e de rua.  O grande Guimarães Rosa ex­plica.

O povo da mata é o povo estranho, místico, bem humorado, des­contraído e feliz; o traje é mínimo ou quase tangas, as mulheres são fudedoras por puro prazer; a praia é o rio que também serve como la­trina, o mato é o motel mais perto  e gratuito. A música é o boi, dança de índio, as festas são carnavalescas orgias na selva. Os esportes pre­dominantes são a pesca, a caça, a paquera e a fudelância. O imortal Boson explica.

Grande abraço, de seu irmão cósmico e d'arma Damerran Smith, di­reto do front da Praia de Iracema.

              D. Obá III

A cada dia suas crônicas ganham mais vida e sabor. Meus parabéns{jcomments on}

O LEGIONÁRIO CAPITÃO SIERRA MIKE ou Você nunca será COMO ELE!

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No início era o caos, brabeira pura.

  -“Jovem, de onde vens? Sou pqd, senhor. Pqd? Qual o seu turno? Sou pqd de Prep. De Prep? Sim, pqd de Prep. Bicho... tá maluco? Completa de dez!!!  

  Na recepção incisiva ao cadete noviço irrompia ligação afetiva entre o então tenente da AMAN e a atual MMM, quase cinquenta anos depois consolidada como as amizades fraternas e os casamentos eternos.  

   Na política, mais vale a versão que o fato, sentenciou político matreiro. Cau­sos e lendas, versões factuais arrematadas, comportam nuances irreais em suas tessituras esvanecidas na bruma temporal.      

    Infindáveis paladares, lendas a gosto. Carece comprovar, no maracanazo de 50, o soco do capitán Obdúlio Varela em Bigode, vexame nacional só aliviado no catastrófico 7 x 1 recente. E daí? As raízes suíças do Wollotein, o MB-EsAO do Boca, o doutorado físico-quântico do Wlcm, factoides M+2, talvez prospe­rem a lendas na omissão do tempo ante tais registros escandalosos.       

   Todavia, personagens-lendas rebentos de contextos invulgares são infensos a críticas e revisionismos ocasionais.  Duvida-se da liderança carismática de Osó­rio, da competência militar de Caxias? Das virtudes literárias do incensado Ma­chado de Assis ou do esquecido Lima Barreto? Claro que não, pois se dispensa­ram o falso verniz da propaganda enganosa no reconhecimento dos próprios méritos.     

  As circunstâncias condicionam a fama, conservando a relevância de feitos e pessoas de exceção. Quem, no planeta M3, ignora a legenda do mítico instrutor acadêmico credenciado naquele longínquo diálogo com o ingênuo pqd de Prep?           

  De prenome Celso, nome de guerra Seixas Marques, dialeto guerreiro Sierra Mike, jamais foi superado no papel do frango, admirado e temido, ícone para gerações de cadetes ad eternum imbuídos daqueles sentimentos quanto ao idolatrado capitão da juventude.    

  O irreverente Patinho, o falante Cobra, o polemista Moneró, o iconoclasta Bac­téria? Esqueçam. Perto dele são adolescentes tímidos, olhares inseguros, teme­rosos de vê-lo sacar caderneta de FO surrada ainda sem penalização de malfei­tos cometidos.      

  Mesmo nosso Barão reverencia contrito o Special Forces formado em Fort Bragg. Dia desses, o Frisch evocava missão arriscada atestando sua decantada coragem. E ninguém ironiza o Vascão nos arredores, torcedor ilustre do Gigante da Colina que é. Ponto para o Capitão.

   Joel Silveira, repórter, escritor, correspondente de guerra na Itália, escreveu sugestiva crônica – Você Nunca Será Um Deles – em que dois soldados discu­tem o que é ser um capitão. O mais velho tenta explicar ao mais novo, sem su­cesso, a essência de um legítimo capitão, concluindo que o outro nunca será um deles porque um capitão já nasce pronto.      

  Amém. Se indagados dois, dez ou duzentos de seus cadetes, replicarão o ve­redicto do soldado-personagem da crônica: ninguém será como o Capitão Sier­ra Mike, quaisquer sejam as suas patentes.     

   Consta que em assembleia MMM, observando-o descer escada, ao tentar ajudá-lo o Bocão encaixou:   

  - “Ô Ismael, me larga ...”. Pano rápido para o 472 gargalhar feito hiena.  

  Muito além da admiração, o Coronel Seixas Marques simboliza o Capitão Dan­jou da Turma, o herói da Legião Estrangeira consagrador dos ensinamentos de que a missão será cumprida a qualquer preço, a tropa morre sem rendição e a eternidade antecede o findar da coragem. 

  Vida longa ao legionário Capitão Sierra Mike!!!

 

Rio de Janeiro, 01 de setembro de 2015.

Cad 1039 Nilo, 9º Pel, 3ª Cia C Bas.{jcomments on}

 

FICA, SNAKE, NÓS PRECISAMOS DE VOCÊ.

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 Se algo funciona, nestes tempos bicudos, certamente é o WhatsApp da Turma. A economia afunda, a politicalha nauseia, a roubalheira desanda, soçobra o Vascão, mas o aplicativo atinge culminâncias impensadas na M3.

O sucesso é estrondoso. Confrades apartados do convívio grupal reaparecem, animando o dia-a-dia da confraria. Dados estatísticos divulgados pelo CEO da rede, o dinâmico VB, atestam atuantes 25% dos cadastrados, enquanto os de­mais 75% zanzam à espreita de postagens.

Aprecio a tônica espirituosa, para não dizer galhofeira das mensagens. A ca­maradagem sadia e o bom humor representam antídotos infalíveis contra cére­bros apáticos, me fazendo migrar de voyeur a hacker desavergonhado de as­suntos inspiradores de croniquetas.

  Embaralho códigos pessoais. VB? Velho Brito, e não o atual Cmt EB; SJ? Si­mões Júnior, ao invés de sacerdote jesuíta; SC? Saint-Clair, não Santa Catarina; Paulo? Trata-se do Félix; Wlcm? É o Pato repaginado uótisaper. Piora nos ícones, da cobrinha verde enrolada, tal minhoca assanhada, ao cavalinho de carrossel, pelagem castanha. Os significantes? Nem desconfio...    

Da agenda social a temas políticos, diplomáticos, esportivos, filosóficos e mili­tares tudo agita arena democrática, onde este energúmeno transitaria se su­plantasse inarredável bloqueio digital. Estou treinando, dia desses chego lá, mas antes arrisco opinar.  

O PBT, as quatro fases da sexualidade viril, a salvação e perdição espiritual, os acordos teuto-brasucas, o autoexílio lusitano do Cléo, as extravagâncias amazônicas do Boita, e quiproquós desativados pela turma mediadora de con­flitos, configuram pauta sustentada que me aclara a mente confusa. Analisada vastidão de argumentos, permaneço indeciso.

Entretanto, faltoso Mr Peres ao festim virtual, tanto me abalei que logo aderi ao movimento Volta Cobra, mais factível que o Fora Dilma. Felizmente, o notá­vel ArtPqdt, ou PqdtArt, lépido retornou não sem antes aludir a bullying que justifica apelo-desagravo ao excêntrico homem das leis:

 “Ilustríssimo Dr Cobra-Snake

 Permita-nos, data vênia, externar solidariedade às motivações que o afasta­ram do uótisape, devedor ao seu comportamento pelo prestígio alcançado.     

 A bem dizer, imperícia low-tech profunda nos impede identificar quem cons­trangeu o livre opinar ou fragilizou-lhe a pétrea alma aeroterrestre. Recebemos informes denunciando o eminente Barão VO-ador como autor do referido bullying, arquivados ante a reconhecida fidalguia daquele apóstolo de São Mi­guel Arcanjo.

Considere, nobre causídico, ensejar sobrevida honrosa a personagens como Wlcm, Bonner, Alvaflu, SJ, Paulo, Boita e potenciais depressivos durante a sua fugaz deserção comunitária.

Afastar-se VSª sugere Turma mais previsível, carrancuda e austera. Quem, no CMPV, empunhará o pau, ou paus... de selfie? Demonstrará le sabrage nas fes­tas pagãs?  ncabulará o aristocrata Pimpim em refregas jurídicas altisso­nantes com os Dr Boita e  Moneró? Envergará estilosas bandanas? Discutirá skynalhices com o dileto Barão? Quem?

Ignore o CCP – Comando de Censura aos Paraquedistas – criação perversa e radical do jurista insular para silenciar reminiscências fantásticas dos ícaros VO, no zapzap. Onde já se viu pé preto imundo enquadrar pqd audaz? Prossiga livre, leve e solto, exaltando os magníficos ventos, velames, saltos e ZL de sua trajetória estelar no éter redentor.

Nunca nos abandone. Fica, Dr Cobra-Snake, nós precisamos de você.

Cumpre a tua missão, Eterno Herói!”

Quartel na Colina Longa, 28 de agosto de 2015.{jcomments on}

Assina Dom Obá III, MS/Prec honorário.

A CORTE, O BALNEÁRIO E O CHUCHU

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 Diferentes, quase antagônicos, são os estilos de trajar da Turma nas reuniões de Brasília e do Rio. Aqui, descontraídos em roupagens tropicais, lá, desfilando vestimentas circunspectas. Intrigado, aventei hipóteses para o curioso fenôme­no comportamental que já aportou no zapzap.

 Certa vez, o meu estimado irmão cósmico Damerran Salvany alcunhou de eternos vira-latas putanheiros os integrantes NB da MMM/RJ, em tom distancia­do de censura na plena identificação arquetípica com os alegres confrades do PMPV – Portal Mágico da Praia Vermelha. Pensei: a seccional carioca estaria do­minada por antigos bad boys incorrigíveis, de vestes associadas a contumazes impedidos nas Alas? Pus-me a observá-los, constatando serem hoje trabalhado­res respeitáveis.

 Pimpim, o aristocrata presidente, bate ponto diário no Chico, boteco tijucano onde tem mesa cativa, com chopp 0800 se o Fra ganhar do Gigante, aconteci­mento raro em 2015; Arataca, o primeiro-ministro Barão, depois de revolucio­nar a Supervia empresaria paraquedistas tresloucados; Dom Peres Cobra labu­ta no éter, nas tribunas e no Peró, que ninguém é de ferro; Dr Lobo Moneró pega pesado na “dressage” matinal, no escritório e na desesperança vascaína; Motinha, Piranha e Nonato são Sísifos ressuscitados na saga ecêmica, assim es­pocando exemplos de abnegação laboral a desmentir aparências vidinhas fá­ceis dos garotos RJ.

 Da Capital Federal, mais ilustrações acorrem para confirmar o lado animado da rapaziada sem desprezo ao batente. O estudo balançava diante das estrei­tas semelhanças entre os grupos distintos, fragilizadas decerto se variáveis in­tervenientes ou fortuitas aflorassem, esclarecendo os questionamentos levan­tados. 

 O que faria a diferença, afinal? A Arma? É... recordei, nunca percebi o Breide, o Baciuk ou o Nestor de terno nas tertúlias, os artilheiros Cezar e Virgílio estão sempre impecáveis no passeio completo como o infante Simões Júnior, enquan­to os demais rotineiramente envergam elegantes camisas sociais. Seria o clima do Cerrado? A proximidade do Poder? Exigência do Clube do Exército? Desi­gualdades financeiras? Quase a surtar diante de elementos de manobra mais intrincados que VC de Ex Cmp, fugi do teclado para o manancial de ideias do zapzap, e ali constatei chamamento do Sr B. Jacaré a este africanista simplório.

 Acompanho, há dias, interessante fórum comunitário sobre as propriedades existenciais do chuchu, xuxu para os íntimos.  Prós e contra congestionaram a rede em debates forrados de opiniões testicocéfalas, puritanas, metafísicas, light libertinas, oportunistas, psicossociais e científicas, alimentando painel dig­no da excelsa representatividade Pioneira. Aprendi bastante,  tendo encami­nhado registros à apreciação da FAO.

 Esta tarde, no rescaldo do apaixonante tema, Mr Bonner, emérito levantador, colocou a redonda na medida para este antigo gazeteiro do CPM – Curso de Psi­cotécnica Militar do CEP – cravar na linha dos três metros, ao requerer-lhe pare­cer. Emboscado, estava a revirar alfarrábios empoeirados no resgate frenético de teorias para responder ao filho da querida Dona Carmem e cunhado do Ca­beça. Já folheando a Teoria dos Sonhos, estranho alerta intestino me recon­duziu ao uótisape, evitando mico sem tamanho ao deparar-me com magnífica análise.  

 Nada mais havia a dizer, lidas as sábias palavras do Sr W Pedreira. Recolhida a desfolhada Teoria ao fundo da estante, refletia com meus botões desanima­dos. De repente, o insight redentor: o Pedreira, Mr Bonner, os confrades da Cor­te e os do Balneário teriam ingerido porções peculiares do badalado legume para tipificar-lhes as condutas?

 Mais que a mandioca presidencial, o chuchu pode elevar Pindorama ao MB das nações, concluí entusiasmado. A herbácea verde cultivada sob o sol incle­mente do Planalto, diferente da litorânea do balneário decadente, certamente explica os vestuários dos confrades daqui e de acolá, entre outros mistérios.

 Desolado mas esperançoso, arquivei Freud, Piaget e Lacan para buscar no Au­rélio  lenitivo derradeiro ao desafio lançado por Dom Marcos DBAS. Vejam o que descobri:

 Chuchu (do francês antilhano chou-chou). S.m. 1. Bot. Trepadeira cucurbitá­cea, (Sechlum edule), etc e tal.  Parei estarrecido, sem atentar para o prosse­guimento das definições. Eu, hein? Tudo a ver, Mr Bonner?

Rio de Janeiro, 29 de agosto de 2015.

Dom Obá III, adepto da horta caseira.

Por delegação: Cad Cav 1039, Nilo.{jcomments on}

 

PRIMA RATIO REGIS

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   Mais que dom natural, a simpatia recende sabedoria.  Muitos tentam ser simpáticos à cata de benesses ocasionais, em geral fracassando porque carentes da santa clarividência diferenciadora de aprendizes e luminares como o estimado Mauri Luiz Régis.      

  Domingo de madrugada, ele decolou da sua base afetiva em Natal para paragens etéreas. Na discrição da partida certamente quis nos poupar das lamúrias do infausto acontecimento que a ninguém poupará, mas os tentáculos da comunicação virtual logo propagaram o travo amargo do indesejado voo solitário semeador de tristeza e saudade aos privilegiados por conhecê-lo em vida.    

   Tive proximidade antiga com o Régis, nesses quase quarenta e sete anos de Turma. Integramos o inesquecível 9º pelotão do não menos lembrado Ten Araújo, e na convivência espartana de então aprendi a admirar-lhe a capacidade de superar desafios sem perder a serenidade, preservando a marca registrada do semblante bondoso e risonho. Observando-o eu pensava – “Corajoso ou insensato?” – cediço ao seu bom humor inalterado diante de    circunstâncias inóspitas. Adiante, no prosseguimento da AMAN percebi-lhe a têmpera exclusiva de uma sabedoria que domava adversidades, arrefecia hostilidades e tornava amistosas as relações pessoais. Assim transcorreria até o alvorecer da sua hora final.  

   Soube da notícia através do Ângelo, domingo à noite, seguida por inúmeras postagens carinhosas sobre o finado ex-aluno do Colégio Militar de Curitiba, ratificadas pela iniciativa louvável do Theóphilo de comparecer às despedidas do irmão de Arma em demonstração nítida do seu caráter, liderança e demais motivos que o tornam especialmente respeitado na Turma.  

   Hoje, impelido por irrefreável compulsão acordei por volta das quatro da manhã e ocupei o teclado para recordar, emocionado, o meu saudoso amigo da 3ª Cia C Bas. Redigi o primeiro parágrafo e resolvi acessar o site da Turma, onde pontuavam belo texto do mesmo Theóphilo e tocante poesia do Saint-Clair, homenagens sensíveis de expoentes na arte de traduzir sentimentos. Mais tarde, retornando do trabalho, testemunho preciso do Prisco reforçava os merecidos elogios ao antigo meio–campista voluntarioso da Bateria MMM, em ciclo de manifestações irretocáveis às quais o mínimo acréscimo seria redundante.                    

   Confesso ter relutado perante relatos tão marcantes. Arrisquei-me a prosseguir.

   Fato é que recentemente recebi mensagens do Régis agradecendo verbete no Pequeno Dicionário 3M, com referências espirituosas ao Renato e declarando sua residência porto seguro da Turma sem exclusividade aos Artilheiros. Nada transparecia agravamento da saúde dele, e reconheço agora no episódio a fibra inquebrantável do velho cadete, que a despeito do peso enfrentava destemido as tresloucadas corridas, as ensandecidas pistas, os estágios da SIEsp ou os temíveis instrutores do Básico.    

   O Régis foi um verdadeiro sábio de legado precioso até na predestinação do próprio nome, indicativo de incorporação cósmica na Poderosa. Quando a maioria das pessoas possuir a sua simpatia, bom humor, coragem, generosidade e alegria de viver, a última razão dos reis perderá o sentido, substituída pelo primado das excelsas virtudes que ele tão bem exibiu na sua estada planetária.  

   Última Ratio Regis de violência e destruição? Não. Prima Ratio Regis de cordialidade, amizade e compreensão.

   Caro Régis, permita-me republicar as palavras que ensejaram o nosso recente, derradeiro e agradável contato:     

   RÉGIS, Mauri Luiz. Sin: G Régis. Arquivo vivo das travessuras do Renatinho enquanto alunos do CMC. Entre a Curitiba europeia e a tropicaliente Natal sua alegria aportou nas dunas de Genipabu. Proprietário de mansão litorânea para desfrute exclusivo da Poderosa no éden potiguar. Preserva a simpatia contagiante da juventude, capaz de iluminar o semblante matinal do Paca ou estancar a verborragia diuturna do Boca. Ver Araújo, Renato.

   Valeu, estimado amigo Mauri Luiz Régis.

Do Nilo, seu admirador desde o 9º pelotão.

Rio de Janeiro, 21 de agosto de 2015{jcomments on}.