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ÚLTIMA CORRIDA EM 2013 - PIMENTEL

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Caros familiares e amigos -
remeto instantâneos do "Long Distance" (1,9 km de natação; 90 km de ciclismo; 21 km de corrida), que é realizado, anualmente (24 Nov), na área da Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga-SP. Talvez, uma das mais bonitas provas do Brasil!! Certamente a mais emocionante, pelo acolhimento do querido filho José Neto!! Obtive o 2º lugar, entre 6 atletas da categoria 60/64 anos, com o tempo de 6h e 4min. Conto sempre com a torcida de todos! José Pimentel Jr{jcomments on}

O DUQUE DA AVENIDA PAULA SOUSA

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 O jazz, muito além de apreciações musicais oferece infindáveis variantes analíticas, resultantes da diversidade de correntes e motivações que o caracterizam. Conhecê-lo significa descortinar nuances imperceptíveis aos não-iniciados nas entrelinhas do universo artístico alçado a prestigioso campo de estudos sociais. Harmonias e arranjos sofisticados, dois de seus pilares, transparecem envolvente ilusão de espontaneidade, paradoxalmente derivada de inesgotável dedicação de instrumentistas e intérpretes aos respectivos ofícios.

 Rememorando assembleia recente da Divina Turma, ocorreu-me a constatação de aproximar-se uma década das reuniões mensais no CMPV. Matuto a que atribuir o inquestionável êxito de tais reencontros fraternos, desprovidos de organização sistemática, propaganda maciça ou convocações apelativas. O que motiva garotos sessentões a subestimarem afazeres diversos, talvez afrontando cobranças domésticas, para gargalharem com velhas histórias que preservam o viço do riso arquetípico? Por que a tradicional concentração festiva da TuMMM no Portal Mágico consolidou-se como ancoradouro confiável para integrantes de Turmas coirmãs, logo cordialmente acolhidos? Suponho que recorrendo a determinados aspectos da saga jazzística desvendemos esclarecimentos a estas e outras indagações.

 A improvisação, dogma visceral do jazz, envolve riscos associados a possibilidades de gratas realizações. Quem não arrisca não petisca, consagra o dito popular, embora seja desejável possuir boa dose de competência para se arriscar. O genial Charlie Parker, que elevou o saxofone alto a culminâncias inimagináveis, na adolescência pagou caro ao tentar encarar os bambas de Kansas City em jam sessions improvisadas, marcadas por desafios individuais às vezes varando horas seguidas em gélidas madrugadas. Na verdade, o futuro legendário Yardbird ainda não dominava o instrumento a ponto de desprezar a pauta diante de competidores tarimbados, obrigando-o a se isolar para ensaios exaustivos que a partir de então o levariam a uma trajetória estelar.

 No mencionado encontro deste mês pipocaram renovados elogios, insuspeitos, à persistência bem-sucedida das reuniões após tantos anos realizadas. Oriundos de excelentíssimo representante de Turma distinta, na MMM/RJ de imediato incorporado aos bate-papos e brincadeiras correntes, ratificaram tese há tempos por mim esposada - a de que o segredo do sucesso de início consiste na aparente improvisação cultivada pelo líder inconteste do Portal, o dileto Pres Pimpa. Aliás, pelo porte elegante e estilo pessoal facilmente comparável ao imortal Duke Ellington, outro gigante do jazz inexcedível na arte de bem improvisar.

 Edward Duke Ellington personificou o modelo acabado da liderança persuasiva e sutil. Chefe de orquestra emérito, compositor brilhante, pianista dotado de talento invulgar, gostava de contratar os melhores solistas do cenário jazzístico. De personalidade gentil, mas enigmática, administrava com insuperável maestria as vaidades e problemas de relacionamento pessoal surgidos entre as primas-donas de suas formações orquestrais, conseguindo extrair o máximo das competências subjetivas em proveito do desempenho coletivo. Instigava os subordinados a exibirem o melhor de cada um deles, dando liberdade a que extrapolassem os limites de suas potencialidades. Incentivando-os, inspirava-os a se superarem. Basta dizer que embora já compositor consagrado de clássicos memoráveis, a canção de abertura dos seus shows - Take the A-Train – era de autoria nada mais nada menos do que do seu subchefe, o igualmente genial pianista Billy Strayhorn, a quem a história tem reservado papel destacado na cena musical do século XX. Salve Duke, grande e generoso líder.

 Mutatis mutandis, vejo se manifestar nas tertúlias da Nação72/RJ o espírito dominante nos grupos de Duke Ellington. Ou alguém duvida do irresistível atrativo existencial das tardes-noites das primeiras sextas-feiras na Urca? Confrades já me confidenciaram dispensar viagens programadas para o saboreio dos doces momentos de convivência no CMPV. Admitem até enfrentar o pesado ônus de retaliações familiares a se absterem de ouvir as fantasias hilário-histriônicas do PHD Patinho, o realismo fantástico das digressões acadêmicas do Falador Bocão, ou os doutos embates dos nossos estimados juristas. Episódios assim e muito mais são gerenciados com sutileza tijucana pelo ilustre Pimpim, que quando a desordem está prestes a descambar para a esculhambação ilimitada dá leve toque - tipo estatuto de gafieira/o ambiente merece respeito - e amaina a zorra total.

 Personagens à parte, o xis da questão é o seguinte: sem a coordenação suave do Pimpim talvez as reuniões já fizessem parte do passado ou se igualariam às da maioria das Turmas. O diferencial em relação às demais é que nada se força ou se impõe. Comparecendo quem quiser, quando puder e do jeito que lhe aprouver, sem dúvida será recebido de braços e corações abertos por velhos camaradas sequiosos pela convivência amigável de irmãos castrenses. Sob a batuta do bandleader Pimpa, cada solista da orquestra MMM terá direito a momentos intermináveis de improviso, a exemplo dos sax-maratonistas de Kansas City.

 Sábado próximo, dia 16, engalana-se o feudo cajuti e arredores pelo aniversário do nosso CEO. Acessando mensagem enviada nesta semana pelo Meirelles, agraciou-me o clarão do insight ao observar a foto meio sorridente do Pimpim, a lá Humphrey Bogart, eliminando incerteza ainda porventura pendente. Se uma imagem vale mais do que mil palavras, a juventude explícita do brother artilheiro definitivamente esclarece o motivo do sucesso prolongado das reuniões no CMPV, extensão natural da personalidade jovial do seu idealizador e principal fiador.

 Tal qual o Poeta sonhou, o Duque cajuti remoça a cada ano. Tal qual o eterno Duque do jazz, ele se mantém no topo da onda radical e não se desgarra da prancha.

 Longa vida ao Duque da Avenida Paula Sousa. Salve o aniversário do Pimpim.

  Rio, 09 de novembro de 2013

 

Dom Obá III, em improviso jazzístico de abertura do Festival Natalício Pimpim.{jcomments on}

 

A MORTE

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        Assisti a algumas imagens do velório de um companheiro de turma e de sacanagem, quando alguns colegas deram seus depoimentos.    

        Parecia que a qualquer momento iria estourar alguma piada. Estava tudo sério demais, faltava a esculhambação, a zombaria, a desestruturação da cena.

        Mas nada acontecia ali de risível. Era só dor e perplexidade, que é mesmo o que ela causa em todos os que ficam.

        A verdade é que não havia nada a acrescentar no roteiro: a morte, por si sói, é uma piada pronta, morrer é ridículo.

        Você combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário, tem planos pra semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório, colocar gasolina no carro e no meio da tarde morre.

       Como assim!!!!?????? PORRA!

        E os Emails que você ainda não abriu, o livro que ficou pela metade, o telefonema que você prometeu dar à tardinha para um cliente?

        Não sei de onde tiraram esta idéia: morrer. A troco? Você passou mais de dez anos da sua vida dentro de um colégio estudando fórmulas químicas na Prep, ou no CM, que não serviriam para nada, mas se manteve lá, fez as provas, foi em frente.

       Praticou muita educação física, equitação. Quase perdeu o fôlego, mas não desistiu.

        Passou madrugadas estudando na sala de Biologia sem dormir, para ir para a Academia, mesmo sem ter a certeza do que gostaria de fazer da vida, cheio de dúvidas quanto à profissão escolhida, mas era hora de decidir, então foi mais uma vez em frente...

       Após mais de trinta anos de caserna, de uma hora para outra, tudo isso termina numa colisão na freeway, numa artéria entupida, num disparo feito por um delinqüente que gostou do seu carro.

        Qual é? Morrer é um chiste. Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez a sua música preferida.

       Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal e penduradas também algumas contas. Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas, a apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira.

       Logo você que sempre dizia: das minhas coisas cuido eu. Que pegadinha macabra. Você sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue à próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer.

        Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas e mulheres magras e morre num sábado de manhã.

      Faz-se check-up regulares e não tem vícios, morre do mesmo jeito. Isso é para ser levado a sério?

      Tendo mais de cem anos, como diz o Arataquinha, vai lá, o sono eterno pode ser bem-vindo. Já não há mesmo muito a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado nas gavetas, ok hora de descansar em paz.

      Mas antes de viver tudo, antes de viver até a rapa, não se faz, morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas, morrer é um exagero. E, como sabe, o exagero é a matéria prima das piadas, só que esta não tem graça.

      Por isso viva tudo que há para viver, não se apegue às coisas pequenas e inúteis da vida...

Perdoe sempre. Curta enquanto pode, pois a vida é bela e deve ser vivida do seu jeito!!!!!!!!!!!!!!!!

       Aos companheiros que se foram  e aos que irão antes dos cem, nos aguardem.!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

       cOBRA - Turma MMM 72{jcomments on}

Entra em batalha, Esquadrão!!

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Dear Coquinho -

   O Esquadrão se agita. Na cola da frase lendária do delegado de Casablanca, o filme, – “Reúnam os suspeitos de sempre” - eu diria – “Olho vivo nos engraçadinhos de plantão” - pois bastou meu leve aceno sincero e afetuoso, de pronta resposta sua, para grassarem maledicências.

   Renatinho, de longe o garoto JF mais charmoso,  parceiro habitual do austero Paca em inocentes andanças vespertinas na Halfeld Street, levantou a bola para o cossaco brasiliense Baci, o Terrível (a Loura repaginada). Bagunçaram o coreto, inserindo considerações insano-libertinas e propaganda graciosa da anatomia bacteriana que jamais esquecem milênios depois de admirá-la no fundo das baias. Aliás, tudo sugere seja tal pormenor falo-personalógico do garboso tricolor peça top de linha no baú afetivo dos alegres pimpolhos, a ponto de fazê-los manifestar-se com a rapidez do raio nas caixas de mensagens da Turma.

   O Esquadrão sempre foi e será ameaçador covil de machos xiitas. Aquele tocado pela graça de exibir no uniforme as lanças cruzadas, saboreando indescritível emoção, jamais ingressará na grei do amor que outrora não ousava dizer o nome. Gentilezas tipo MMA, lançamentos de objetos voadores no salão de provas, prática contumaz de sonoterapia durante as aulas, pandemia carrapatosa pós ELD, estrepitosas sortidas noturnas ao Bambuzinho, memoráveis festivais etílicos e ritos congêneres singularizam os arraiais perissodáctilos desde Gêngis Khan. O Anjo Torto, sinalizador do poeta para o gauchismo na vida, sem dúvida estagiou na gloriosa Arma Ligeira. Portanto, estimados detratores, tirem o bagual da chuva porque boiolagem definitivamente não sintoniza com o etos varonil dos legionários de bota, espora, pingalim e boina preta.    

   Embora ferinas, ou graças a isso, as licenciosidades vãs da afinada dupla por acaso reavivaram a chama imortal do Esquadrão/72, há tempos devagar quase apagando. Afora o nosso amado guru carioca-alencarino, nas redes sociais ora açoitando a parvoíce mundana como Sérgio Damerran Smith, e você, dileto Aqva Toscum, paira silêncio tumular até sobre o paradeiro de figuras épicas da nobre Arma. A bem da verdade, Dom Dabés e Dom Armadinho Micelli, ilustre gonfaloniere de Nova Trento, vez por outra expedem parcimoniosos sinais de fumaça. Localizar os demais centauros-leões espelhados em antiga canção dos nossos sonhos juvenis se assemelha a mistério que me proponho desvendar, cavalgando a imaginação sem freio ou bridão.

   Nos pampas sulistas visualizo confrades usufruindo de suas estâncias magníficas, alheados aos misteres da senda castrense. Só assim se explica a quietude de Melluvaz, Angonesi, Zico Marques, Marsillac e Herr Schwalb, os três últimos em breve reaparição nos quarenta anos do Aspirantado.  O velho Rabuka ainda peleja em renhidas operações no TO dos tabuleiros, tendo sido presidente da federação de xadrez de Porto Alegre, onde mora. Em 2012 reencontrei-o no Rio, pai coruja de um tenente e de um capitão de Cavalaria. No Paraná, Mr Trein permanece o suserano da SIP/5, talvez ostentando a primazia de localizar o discretíssimoIrani. 

   Rastreando as Alterosas, excluídos os mencionados Renatinho e Paca observa-se o duo Júlio César-Carvalho cultivando a legendária sobriedade mineira. Na Amazônia, Dom Margarida e Dom Yorick Barbosa há séculos sugerem extravio na selva impenetrável, tamanha a falta de notícias deles. No Nordeste maravilha Mr Odilson impera, Dom Welington curte Natal e o iluminado Salvanyus balança o Fortal. Big Head Nestor, Mr Breide e Loura Rep, agora rebatizada Baci (uk), na moita frequentam salões palacianos do Planalto Central, dando o ar da graça só na maré baixa política. E o meu estimado brother de Santa Rosa, Amambai, EsAO e CEP, Dom Guedinho Fagundes, radicado em Campo Grande-MS, em sempiterna reclusão?     

   Dom Chico Mariotti Banda e MacaMendes estão em Resende, tudo bem... Nesta urbe pseudo pacificada de Copa e Olimpíadas, Zega, Pereira, Bac do Flu, Dom Frazone, você e este cabo das baias medíocre representam a vanguarda do esquadrão glorioso. Dos seis, nos dias atuais somente nós comparecemos às tertúlias mensais no CMPV, o que me expõe a ataques de flanco por variados espécimes de engraçadinhos.

   I need help, Mr Coconut. Urge restabelecer os laços estremecidos pelo afastamento daqueles jovens centauros-leões da Tu MMM, para revitalizar minha alma cavalariana heróica e forte. Rogo engajar-se nesta santa cruzada, sob pena de rendição ao banzo de em forrageadores à vontade, para sempre e sós. Sexta-feira, após a sua saída, quase caí no papo maroto do persuasivo Dr Boita Barcelos de ser a nossa correspondência “um diálogo de pele”, numa evidente tentativa de cooptar-me para as hostes do arco-íris.

   Vade retro Baci, Renatinho, Boita e engraçadinhos afins. Mais do que nunca, apesar do silêncio obsequioso de tantos, a lança em riste continua a saudar a macheza dos discípulos de Osório. Mexeu comigo, atiçou a ira das baias. Entra em batalha, Esquadrão!!!

 

Do admirador confesso e vitalício Dom Obá III, lisonjeado por sua atenção.

Rio de Janeiro, 02 de novembro de 2013{jcomments on}

Onde está o Poeta Coquinho....?

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“Nada é tão desesperador que não haja motivo para a esperança”

Nicolau Maquiavel


  Com elegância, clareza e concisão cartesianas o Velho Brito demonstrou entender do riscado. Ao analisar Xô, Facebook! - croniqueta deste cabo das baias - pespegou-lhe justas ponderações e a arremessou ao mar revolto do próprio Facebook, no intuito de avolumar a corrente do amplo e contraditório direito opinativo. Transcorrido intervalo razoável, nas pegadas de silêncio sepulcral na web72, presumivelmente correspondido na afamada rede social, arrisco adicionar algumas percepções pessoais a este projeto de conferência que ainda não decolou do quase monólogo.     

   Antecipando a pecha de retrógrado, ou gagá, recorro a antigo bordão: posso explicar? As conquistas tecnológicas obviamente são irreversíveis, assim como são coerentes considerações a fruição saudável desses avanços. A pólvora, o avião e o automóvel, invenções revolucionárias, também potencializam mortes e poluição ambiental. Sexo, comida e atividade física, viscerais à qualidade de vida, comprometem-na se exacerbados. A Internet, complexa gama de possibilidades ofertada em escala planetária merece atenção peculiar, sobremodo diante da modelação comportamental que pode causar. Daí as tais redes sociais representarem a porta de casa entreaberta, armadilha edulcorada por mentes sagazes para bilhões de seres crédulos escancararem intimidades, vaidades e tibiezas, num exibicionismo incentivador ao voyeurismo público sequioso para descortinar privacidades.    

   Dona Dilma e Frau Merkel não me deixam mentir. Manchetes têm satanizado os Estados Unidos  por suposta espionagem da  primeira-ministra alemã, enquanto a nossa prezada mandatária chia do monitoramento invasivo de seus e-mail por Mr Obama. Acho que a essa altura do campeonato Dom Barack deveria atenuar a fúria caseira da patroa Michelle pela heterodoxia político-extraconjugal dele, em detrimento de respostas às invectivas raivosas da insinuante dobradinha teuto-tupiniquim. No entanto, muito além de preocupado, ando pasmo por motivos diversos da espionagem eletrônica americana, com o sumiço virtual de caros confrades da egrégia Irmandade da Praia Vermelha e Círculo Militar (IPVCM).   

   Exaspera-me o esmaecimento das teses polêmicas do Dr Lobo Moneró, futuro ministro do STF pelo regime de cotas, seja lá qual for. Fã declarado do badalado bacharel insular, distanciam-se seus reptos jurídico-processuais, provocando neste energúmeno a nostalgia de épocas festivas.  Na mesma senda proeminente de jurisconsultos consagrados da IPVCM paira estranho ostracismo sobre o brother Saint Clair, Dom Peres Cobra, Herr Wollotein e o caudilho indomável dos pampas, Dr Boita Barcellos. Onde estarão? Nos tribunais, nas esquinas flanando entre os meliantes black blocs, nos quintais de suas mansões exclusivistas ou pastoreando ímpios e infiéis?

   Sobre Dom Bac do Flu prefiro acatar a síndrome de Greta Garbo que o persegue desde idos bíblicos, hoje manifesta em isolamento extremado. Suspeito agora habitar ignota galáxia, talvez planície lunar, onde o Flunimed, o nobre perissodáctilo ungulado e a gloriosa Cavalaria, três de suas paixões eternas ainda não conseguiram colocar os pés... ou as patas...     

   Sem desmerecer os demais irmãos, o foco dos meus tormentos nesta quadra da existência tem nome, endereço, CPF e heterônimo digno do genial poeta Pessoa. Superando Álvaro de Campos, Ricardo Reis, Alberto Caeiro ou Bernardo Soares, pontificava nas Arcádias aclamado popstar, legendário ressoando: Coco!!! Coquinho!!! Ivanzinho!!! Akva Toscum!!! -  este lavrado por Damerran Smith, o Sábio -. Fato intrigante é que abdicando da lida poética o inigualável bardo do Esquadrão rendeu-se aos modismos, metamorfoseado em mero repassador de mensagens virtuais. Já entristecido, o auge da decepção consolidou-se há dias quando acessei o seguinte e-mail do velho confrade: - “Reunião dos Gays Curados” -. Surtei, logo sendo arrastado em vistosa camisa de força à hospedagem compulsória no PNP/HCE, do qual ora retorno ao Alto Babilônia apó s alentadas sessões de eletrochoques naquele aprazível Pavilhão. 

    Entendo o retraimento dos doutos juristas, derivado de estratégia profissional ou acúmulo de trabalho... vá lá... Bac do Flu, vaidoso sem igual, dia desses reaparecerá nos braços da galera tricolor, se o Flunimed escapar da Segundona. Quem viver verá. À exceção do Poeta das Arcádias, imagino-os adotando o low profile atual por razões inconfessáveis desaconselhando exposição midiática neste cipoal de espiões ensandecidos. Quanto à Dom Coquinho, ídolo de gerações literárias, rogo aos céus sobreviver o suficiente para voltar a  curtir o  seu talento multimídia.

   Perseverar é preciso. De Maquiavel ao Xamã da Aldeota-Meireles, de Sun Tzu ao Dr Sig, de Petrarca ao Bruxo do Cosme Velho, e tabelinhas afins, busco romper a crise existencial que me assola. Abro até uma conta no Facebook, se indispensável for para reaver o lirismo arrebatador da pena singular de Dom Akva Toscum, expulsando do meu coração a pergunta que não quer calar – Onde estás, Poeta Coquinho? - .    


Rio, 29 de outubro de 2013

Dom Obá III, nostálgico pelos encantos da Musa das Arcádias.{jcomments on}