“Os infinitamente pequenos são infinitamente orgulhosos”, sentenciou Voltaire numa das suas centenas de frases eternizadas nos tempos. Assim motivado por filosofia ligeira, me ocorreu correlacionar o dito frasear iluminista, acontecimentos recentes e determinados confrades.
Arrolados mil legados do Velho Brito, o site MMM é pedra angular. Quando ele partiu, temia-se pela sobrevivência e qualidade do espaço consolidado pela 3M, una e indivisível.
Superados naturais temores, mídias convergentes coexistem integradas: o zap, em permanente expansão, dedica-se a incessante fluxo interativo, enquanto à página oficial correspondem registros sociais, crônicas e generalidades.
Foi mais uma reunião dos veteranos da Turma Marechal Mascarenhas de Moraes (AMAN/1972), que residem no Distrito Federal. Como sempre, a finalidade principal é celebrar a vida, seja abraçando um veterano ou cumprimentando qualquer confrade que compareça ao restaurante La Cheff, situado no Clube do Exército. Seria, também, a oportunidade de realizar a entrega solene de um banner para os integrantes da Turma AMAN/1975. Nossos “bichos” retornaram ao restaurante e realizaram a sua reunião na mesma última sexta-feira do mês. Durante a reunião do mês de abril o Brandt procurou contato a fim de que a sua Turma (AMAN/1975) pudesse, também, obter um banner semelhante ao que engalana as nossas reuniões. De imediato, acionei o Fernandes para equacionar a questão, já que ele foi o responsável pela elaboração e materialização do nosso banner.
Dos cinquenta e cinco Aspirantes de Engenharia da Turma Marechal Mascarenhas de Moraes, seis foram classificados no 9º BECmb (Aquidauana-MT), o Batalhão Carlos Camisão. Todos nos apresentamos prontos para o serviço em fevereiro de 1973: Chibinski, Dário, Wagenfuhr, Bianchini, Vita e Amêndola.
Para se ter ideia da falta de oficiais na Unidade à época, respondia pelo comando da Cia C Sv o Cap Veterinário (Ch da Granja, que estava sendo desativada), que me passou o comando da subunidade, pois o Cmt Cia efetivo se encontrava em férias; fui Cmt Pel Pnt/Cia C Sv, cargo que exerci por pouco tempo, pois logo assumi a Cia, e depois passei a integrar o E M Btl, tendo a oportunidade de, já 1º Ten, ser o S/3 (com vencimentos de major !).
Tenho boas recordações daqueles tempos.
Quanta esperança de um batalhão inteiro depositada no sangue novo chegado da Academia, que juntado ao sangue dos poucos Cmt Pel já existentes, todos R/2, iria “revolucionar” a instrução da Unidade! Até Instrução Especial, nos moldes da SIEsp/AMAN, passou a ser ministrada.
De tenente a capitão, fui transferido e retornei ao 9º BECmb por duas vezes, tendo servido com todos os comandantes, de 1.973 a 1.984; outros companheiros de turma, com os quais tive o privilégio de ombrear, chegaram nesse período: Pécora, Peres, Mourão e Barros. Vários oficiais de turma subsequentes também chegaram, muito contribuindo para aumentar a operacionalidade do histórico batalhão, cuja 1ª Cia foi a primeira tropa da FEB a entrar em combate em solo europeu.
Sempre volto à Aquidauana, pois lá me casei. Para muitos militares do meu tempo, que lá ainda estão, continuo sendo tenente. Não é raro, nessas ocasiões, alguém, ao me cumprimentar efusivamente, perguntar:
- e a Esboslávia, Ten Chibinski?
Foto mandada fazer pelo Cmt Btl, para registrar o período do seu Cmdo
Cavalarianos, pari passu fama de impetuosos e destemidos, carregam estigmas de impulsivos e temperamentais, (pré) conceitos derivados de percepções petrificadas através dos tempos. Caso incorporassem o zeitgeist do politicamente correto ou da perseguição às minorias, cada discípulo de Osório teria muito a reclamar nos tribunais, porque, sem dúvida, integra comunidade das mais expostas a reiterados bullyings.
Mas os rapazes das lanças cruzadas adoram surpreender, e no lugar de coletivos ou choradeiras contumazes, fazem limonada do limão de imagens jocosas projetadas por superficialidades corporativas. A rigor, cavalariano de verdade não se leva a sério demais, arriscando-se a subestimar aptidões e virtudes pessoais, conforme nesta hipotética programação esportiva.
À pista, Ivus Damerran Smith, Hierofante da Aldeota!
Iniciar a tradição da reunião mensal, se possível com dia destacado da semana, é um convite a todos integrantes da Tu MMM 72 para participarem do evento. Que as reuniões seja motivo de agregar os que residem na capital do Ceará. Mas, ela destina-se a celebrar a vida.