SERÃO ELES SELENITAS?

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    Cavalarianos são bonitos, cavalarianos são bacanas, cavalarianos são sacanas, cavalarianos são dourados, cavalarianos são modernos, cavalarianos são espertos, cavalarianos são diretos, cavalarianos não gostam de dias nublados... 

   Data vênia a Calcanhoto, cavalarianos e cariocas, nativos ou adotivos, seduzem barbaridade, tche!

   Pairam controvérsias. Poucas, a rigor...

    Qualquer centauro furreca rabisca, em papel de pão, de banalidades esfuziantes a complexidades dilacerantes - como a validade da gravitação quântica no estudo dos buracos negros ou do espaço-tempo.

   Ecléticos por natureza e formação adestram-se para incursões decisivas, para o embate incansável onde a iniciativa e a percepção afiada se equiparam ao conhecimento formal. Cultivam tirocínio certeiro e rápido, potencializando vida e morte na refrega suprema. Desse modo operam no cotidiano de desafios inopinados - cavalariano apático e sem curiosidade é cavalariano morto.

   Estava a devanear quando dúvida traiçoeira invadiu-me o cérebro: seriam os rapazes do Esquadrão assim tão invejáveis? A perfeição, fada imperfeita, os acolheria sem reserva? Fora Osório, existiria o idealizado cavalariano perfeito? Elementos de busca lançados, saí a investigar  recorrendo a alfarrábio de bolso - Metodologia da Pesquisa, o Manual do Embusteiro - para definir amostra do público-alvo no próprio universo MMM.

    Poderia ser Brasília, onde Baci, Tche Breidé, Cabeça e o Ministro agitam bandeirolas alvirrubras; JF, acorrentada ao charme do Renatinho e simpatia matinal tardia do Paca; Belém e Manaus, da Amazônia desbravada pelos Cav QEM Margarida dos Reis e Yorick Barbosa; Fortaleza, do filósofo latinista-catalão-malhermista Salvanyus Belicus quiçá Salvanyus Eroticus; Brusque, do gonfaloniere Micelli, e outras praças residenciais da T3M. Preferi a proximidade de vizinhos radicados no balneário decaído. Moleza ... os  neurônios regurgitavam. Será?     

    Bac, Coco, Frafri e Zega, Pereirão no banco. Dream-team de polo digno de handicap 10. Cabo da cavalhada aquele mentecapto meu psicógrafo, o 1039/72. Mamão com açúcar para ninguém botar defeito, comprove-se a tese e tacos ao alto, vitória de goleada no aberto e no handicap.

    Facílimo, o jogo-pesquisa transcorria acessível a qualquer criança na totalidade das pontuações máximas atribuídas aos jogadores: inteligência, dinamismo, competência, disciplina, camaradagem, dedicação, amizade, et caterva, ratificavam a hipótese levantada. Para dificultar acrescentei alguns tópicos. Piorou.

    Perspicácia na picaria, por exemplo, o Bac extrapolou; estratégia e blindados, bombou o Zega; musicalidade e paraquedismo, dez com estrelinhas ao Frafri; tecnologia e cálculo integral, Pereirão com distinção. Coquinho, o Terrível? Barbada - arrasou em estilo, multimídia, elegância, sofisticação e o que mais houvesse. Hip! Rá!  Mas cadê os pesquisados? Bola nas tábuas.   

    Bac flana na Princesinha do Mar; Pereira manda acenos virtuais; Frazone preside o CMVM; Zega impera no Recreio; Super Ivan na Casa da República - irmanados pelas longas ausências injustificadas ao CMPV. Concluí existir único e exclusivo cavalariano perfeito: Osório, o Legendário, que certamente comparecia às reuniões da sua Turma.

     Senhores faltosos: liberem-se nas tardes das primeiras sextas-feiras do mês, porque compromisso algum suplanta o da Turma fraterna. Prestigiem a vida na arte do (re)encontro.

   (Re) apareçam, antes de inquietante suspeita evoluir a inabalável certeza:

   - Serão eles selenitas?

Rio de Janeiro, 31 de março de 2017.

Dom Obá III, em forrageadores à vontade no CMPV.