NÓS SOMOS BÚZIOS DESDE CRIANCINHAS
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- 14 Jan
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Tão badalado quanto cafofo nova-iorquino ou cobertura de frente para o mar do Leblon, o gênero emotivo “estado de espírito” alumia o mapa da mina de atitudes momentâneas – sendo difícil de explicar, mesmo quando capturado por sensores quânticos de fazer padre missionário largar batina e boêmio fortalezense adentrar retiro monástico na Sibéria. Doutora honoris causa na categoria nicho sentimental, consagrada em sessão solene pelo CIAF (Comitê Independente de Amizades Fraternas), a Pioneira gabaritou na plenária deste mês, adornada por reminiscências e expectativas de joviais anciães, habitués mensais de conversas (a) fiadas no balneário decadente da Urca.
Dolorosa e recente ocorrência, a partida do Kobra instaurara comentários gerais sobre o inesquecível Eterno Herói artilheiro, ícone imorredouro de memoráveis passagens da Turma que ele amava de paixão. Nós te evocamos, saudosos, querido amigo 715 / 303. Preparar!
Inebriados sob o bondinho do Pão de Açúcar, da Praia Vermelha e de belezas naturais que transportam o pensamento a paragens idílicas, motivaram-se os Pioneiros presentes ao encantamento tardio de ter Búzios aos seus pés, seduzida pelo charme discreto da MMM. Assim, com a mente voltada à lindíssima Baía de Guanabara envolta pelas águas do Atlântico Sul, me acorreu indagação de confrades injustamente criticados: “Onde fica essa Costa do Sol?”. Creiam os meus parcos leitores, logo acolhi a dita pergunta e, instado pelo desapreço ferino de consenso virtual, decidi pesquisar para contra-atacar.
Existem incontáveis costas litorâneas celebradas ao redor do planeta, todas de tirar o fôlego por seus deslumbrantes encantos: Costa do Adriático, Costa Amalfitana, Costa da Andaluzia, Costa Maya, Costa Verde, Côte d`Azur – neste instante, fragmentos históricos excitaram-me as sinapses carcomidas. Na minha adolescência querida, que os anos não trazem mais, a Costa Azul, na Riviera Francesa, era o sonho de consumo de onze entre dez amantes da beleza fundamental – aquela das feias que me perdoem, do poetinha Vinícius. Em matéria de glamour, a praia de Saint-Tropez representava a cereja do bolo, simbolizada na mansão de La Madrague em que residia a divina Brigitte Bardot, então no auge da fama. Para encurtar o relato, saibam os distraídos da história que, em 1963, apaixonado pelo franco-marroquino Bob Zaguri, ela arremeteu de mala e cuia para o Brasil, ou melhor, para uma desconhecida vila de pescadores chamada Búzios, que dali em diante tornou-se sinônimo da sofisticação de viver.
Se a Costa do Sol é o derrière, Búzios é a face luminosa do Astro-rei, há mais de seis décadas atraindo visitantes a belíssimas praias, recantos, restaurantes, prática de esportes e passeios imperdíveis na Rua das Pedras, Sem nenhum desdouro para Arraial do Cabo, Cabo Frio, Araruama, Saquarema, Iguaba, Iguabinha, Praia dos Anjos, Tucuns e áreas menos votadas da Costa Ensolarada, perguntem onde a Orla Bardot, a estátua da BB e um estado de espírito singular imortalizam os dias felizes da esplendorosa deusa numa antiga aldeia pesqueira.
Portanto, recorro à Egrégia Corte Pioneira para atualizar o lead institucional do próximo Encontro, de EN 2025 – COSTA DO SOL para RUMO A BÚZIOS / 2025.
And, last but not least convidar a musa de nossas melhores fantasias juvenis a revisitar Búzios nos respeitosos braços e abraços da Intrépida Turma. Fala, ó Supremo Guardião!
Acho que Madame Brigitte gostará da homenagem. Ponto para Jean Meirelles (*)
Viva Búzios! Viva Brigitte Bardot!
(*) Pela ordem, os participantes da exitosa plenária Pioneira da sexta-feira, 10 de janeiro.
- INT: Alcântara, aplaudido pelo expressivo número de intendentes presentes (Cereigido, Fazza e Genú); ART: Meirelles, Ivan, Rubão, representando Saint-Pierre du Village, e Newton Müller, direto de POA; INF: Ângelo, o Censor da Boa Esperança, Mellinho, acompanhado de Dona Jane, Henrique Porreta, direto da Boa Terra e Dr Cardoso, valiosíssima fonte histórica paraquedista há mais de meio século; MB: Monsieur Derré, único Légionnaire da Turma, e Dr Letra, from Nikiti. Lamentavelmente, Comunicações e Engenharia não se fizeram representar, enquanto a Cavalaria escalou um velho sargento de milícias incapaz de encantar os circunstantes. Pena!
Rio, janeiro, 12, 2025.
Nilobá I. Búzios, here we go!