POETAS NÃO MORREM, VIRAM ESTRELAS.
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- Criado: Quinta, 28 Maio 2015 10:25
- Última Atualização: Quinta, 21 Abril 2016 14:09
- 28 Mai
- Escrito por USUáRIO TESTE DE SISTEMA 1
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Observem Eurípedes, Ésquilo Homero, Esopo, Menandro
Da Ibéria, Cervantes, Pessoa, Camões, Bocage e Herculano
Da França, Gide, Hugo, Mallarmé, Rimbaud, Lisle, Baudelaire
Ajoelhados ao talento estrondoso do insuperável Saint-Clair
Nem Cruz e Sousa, Castro Alves, Coelho Neto ou Olavo Bilac
Encarariam frente a frente o vate amante de feros ataques
Pulverizando os que se enganam a bater em rotas porfias
Para desafiar o Shakespeare herdeiro de Gonçalves Dias
Mesmo Mistral, Valejjo, Pablo Neruda, Mário de Andrade
Aceitariam de bom grado, contentes, a inegável verdade
Que se afigura marcante, soberana, sem lampejo fugaz
A de o Bardo superar os sublimes Borges e Octavio Paz
Destemperado ao romântico, verseja de extremo a outro
Valorizando qualquer assunto, do priapismo ao barroco
Aprecia musica clássica e dela virou prestigiado analista
Quando na OSB operou, gerenciando spallas e pianistas
Nesta semana, inspirado, parodiou extraordinário artista
Ratificando o merecido lauréu de incomparável beletrista
E aliviou personagem que se tornara recorrente matéria
O impetuoso às de estacionatas e muros, o Velho Bactéria
Madrugada, insone, intentou controlar o rodar do destino
Na regressão ilusória aos inesquecíveis tempos de menino
Porque os dias correm em turbilhão de emoções e surpresas
Exceto que poetas não morrem, transmutados em estrelas.
Rio de Janeiro, 27 de maio de 2015
Dom Obá III, de ignorado bunker rotativo.{jcomments on}