O INSUPERÁVEL BARDO
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- Criado: Quinta, 21 Maio 2015 13:19
- Última Atualização: Quinta, 21 Abril 2016 14:09
- 21 Mai
- Escrito por USUáRIO TESTE DE SISTEMA 1
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Silente, meditabundo, reflito logo a indagar
De qual galáxia oculta tamanho talento virá
Fazendo da poesia brilhante canal de escape
Dele ninguém aproxima, sendo na verve ou na rima
Dono de rara cultura, ao Flu devota notória estima
No tom sagaz se desnuda hodierno poeta cordelista
Embora equiparado alhures a mero autor bordelista
Pasmo cada vez mais a olhar a rapidez de seus versos
Parece adivinhar os pensamentos de frente e reverso
Capaz de aposentar famosos profissionais da pilhéria
Como o antigo Garance, ora comportado Mr Bactéria
Explora qualquer assunto, do cyberespaço ao presunto
Sob a franqueza ferina de cidadão destemido e astuto
Porém claramente prefere abordar débeis reputações
Valorizando idiossincrasias, glamurizando indiscrições
Anunciado bardo vadio de bares pouco exemplares
Afirma presidir associação de botecos e lupanares
Enquanto na verdade frequenta sofisticados cafés
Em Praga, Barcelona e arrondissement do Marais
Almejo de sua mente neurônios escapulirem à deriva
Para assim capturá-los em momento fugaz desta vida
A degustar o superior prazer de fingidor de ofício e de fé
Tal qual o incomparável, esfuziante vate Cléo,Saint-Clair.
Rio, 19 de maio de 2015.
Dom Obá III, fingidor amador sem lenço nem documento.{jcomments on}