A mais difícil ausência a tradicional reunião da MMM/DF.
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- Criado: Sexta, 02 Janeiro 2015 10:38
- Última Atualização: Quinta, 21 Abril 2016 14:09
- 02 Jan
- Escrito por USUáRIO TESTE DE SISTEMA 1
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Cadê o aniversariante? Dessa forma se expressou o escriba substituto, o meu caro amigo Hugo Arakaki, ao descrever o que foi a frustração pela minha ausência na 52ª reunião da MMM/DF. Realmente, a coincidência do aniversário de um integrante com a reunião mensal da MMM/DF era comemorada como um gol no futebol. Nunca, na história da MMM/DF, houve tal oportunidade. Sempre, nos contentávamos com a presença de alguns companheiros, aniversariantes do mês, nas comemorações. Se existe algo que não deixamos de fazer é cantar os “parabéns para você” para homenagear todos os integrantes da nossa querida Turma Marechal Mascarenhas de Moraes, moradores ou não no Distrito Federal.
Esse simbolismo está arraigado desde as primeiras manifestações organizadas para celebrar a vida, por parte dos camaradas da MMM/DF. Não nego que me preparei para o evento desde 1º de janeiro do ano em curso. Rápida consulta ao calendário mostrava que no dia 28 de novembro de 2014, última sexta-feira do mês, eu celebraria sessenta e poucos anos de vida e estaria comemorando com meus irmãos da MMM/DF, na tradicional reunião mensal. Verdade! Eu já podia imaginar a alegria de receber os abraços e da retribuição que poderia proporcionar aos diletos camaradas. Quem sabe selecionando algumas garrafas de excelente vinho, após consultar as páginas de nossa HP, onde fotos de reuniões anteriores retratam verdadeiras obras primas da produção do néctar dos deuses, segundo os mais entendidos. Contar com o apoio da minha esposa, Clara, doceira famosa pelas tortas que produzia no meu tempo de tenente e capitão, embora hoje não seja muito a sua praia, na confecção de singular bolo para o deleite dos participantes. Seria uma alternativa as rotineiras casas de doces e tortas de Brasília, bem como envolvê-la, diretamente na atividade. Durante longos dias alimentei a imaginação com as mais diversas cenas que o evento poderia produzir. Usaria a palavra para agradecer a homenagem? Teria a companhia de algum visitante? Entretanto, outro evento de importância maior poderia competir com o meu aniversário na companhia dos camaradas da MMM. A minha única neta, Bruna, aluna do Colégio Militar de Brasília (CMB) e cursando a terceira série do ensino médio, também realizava os preparativos para a formatura de significativa etapa de sua vida escolar. Haveria a coincidência de datas? A programação do CMB estabeleceria as atividades para a tarde? Haveria possibilidade de conciliar as duas importantes atividades? Doce dilema. Atualmente, as datas de comemoração desses eventos escolares não transcorrem no mês de dezembro, como era no saudoso “anos dourados”. Foram longos dias de sofrimento e intensa aflição. As dúvidas foram sanadas com a divulgação do calendário escolar do Colégio Militar de Brasília. Bingo! As datas eram coincidentes. A reunião da MMM/DF e a solenidade militar da neta seriam na parte da manhã do dia 28 de novembro de 2014. O que fazer? Iniciei, então, estudos dos cenários que se apresentavam na busca de uma solução para a “crise”. Cancelei a proposta inicial de convocação, para o aniversário, nos meses que antecediam o evento, de forma a não comprometer aqueles camaradas que, em razão da tal coincidência de data, firmassem posição para comparecer a reunião e abraçar o aniversariante. Avisei ao Brito sobre a “sinuca de bico” em que me encontrava. Em casa, procurei conduzir a questão com muita habilidade, realizando sugestões sobre as comemorações. Como quem não quer nada, sugeri que fossemos todos, após a solenidade militar, para o restaurante do Clube do Exército. Essa proposta não foi nem apreciada. Como de costume, os adolescentes de hoje decidem essas formalidades em grupo e já haviam selecionado um restaurante na Asa Norte para reunir as famílias dos formandos mais chegados à neta. Vencido, comuniquei ao Brito que não poderia comparecer. Foi, talvez, a decisão mais difícil que tomei na minha vida, após o afastamento do glorioso Exército Brasileiro. Durante o almoço, como já acontece nessas ocasiões, os familiares puxaram os “parabéns para você”, acompanhados por amigos e ilustres desconhecidos que frequentavam o local. Ao me levantar e agradecer as manifestações de carinho dos presentes, observei os rostos da minha Clara, da filha Marta, do genro Magnus e da neta Bruna. Por um instante, a sensação que tive foi de enxergar, também, os rostos dos diletos amigos da MMM/DF que, naquele momento, em lugar certo e conhecido, celebravam a vida e aguardavam o aniversariante do dia. Agradeço as gentis palavras do amigo e escriba Arakaki e peço as mais sinceras desculpas aos camaradas da MMM/DF que me esperaram na varanda do restaurante do Clube do Exército, situado no Setor Militar Urbano. Como puderam constatar, não foi por falta de vontade que deixei de estar com vocês no dia do meu aniversário e, dessa forma, a falta é justificada. Bem, a solenidade militar de formatura da neta foi emocionante. Mais tarde, no baile de gala, esperei chegar as 00h00min para comemorar o aniversário da minha Clara. Realmente, ela nasceu um dia e um ano após a minha chegada ao mundo. É muita alegria para um velho soldado. Simões Junior.{jcomments on}