O Manual da Discórdia - 25 Abr 2014 - BsB/DF
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- Criado: Terça, 29 Abril 2014 13:57
- Última Atualização: Quinta, 21 Abril 2016 14:09
- 29 Abr
- Escrito por USUáRIO TESTE DE SISTEMA 1
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A agitação tomou conta da reunião. O motivo era um manual de boas maneiras ou de educação militar básica que o ChibinskI conduziu para a reunião da MMM/DF. Como é de costume, na última sexta-feira de cada mês, os camaradas da Turma Marechal Mascarenhas de Moraes (AMAN/1972), residentes na capital federal, se reúnem na varanda do restaurante do Clube do Exército, sede no Setor Militar Urbano.
. Ao chegar já encontrei a discórdia sobre a procedência do citado manual e o critério de distribuição aos cadetes em 1969. Garanto que estava tendo a oportunidade de manuseá-lo, naquele momento, pela primeira vez. Alguém argumentou que se tratava de uma distribuição seletiva, em razão das informações constantes do mesmo e, por isso, destinava-se a nivelar o conhecimento dos civis com o pessoal do Colégio Militar e os oriundos da EsPCEx. Pronto, essa linha de ação provocou intensa gozação com aqueles que não eram de origem do CM ou da Prep. Acho que talvez seja essa a minha desculpa para o desconhecimento do manual. Lembro que recebíamos uma quantidade imensa de manuais, apostilas e livros didáticos, em sua grande maioria produzida na Editora Acadêmica. Portanto, passados mais de quarenta anos desse momento em recordação, julgo que posso ser absolvido da acusação de desconhecer material de posse obrigatória do cadete. Entretanto, a teoria de que o dito manual destinava-se ao pessoal que ingressou na AMAN oriundo do meio civil caiu por terra quando o Cláudio, que cursou a EsPCEx, afirmou que se lembrava e tinha recebido o mesmo. Bem, a curiosidade me levou a folhear o motivo da discórdia. A linha de informações trazidas pelo manual, realmente, tinha o objetivo de nivelar conhecimentos. Verifiquei que ele orientava, entre tantos, os seguintes procedimentos para o cadete: não perguntar a idade de senhoras e senhoritas; não questionar ordens de superiores; não fumar na frente dos oficiais e outras recomendações que já era do conhecimento daqueles que não vieram do meio civil. O assunto foi esquecido e outras matérias de interesse geral passaram a ser priorizadas para o saudável ambiente de reunião de cavalheiros de bem com a vida. O Breide trouxe a baila uma interessante coincidência que ele denominou de “a maldição dos dezesseis anos”. Realmente, a partir de 1950, quando perdemos a Copa do Mundo no nosso país, uma série de fatos ou maldição, a cada dezesseis anos, fez com que o Brasil perdesse, em situações de vantagem categórica ou por ter a melhor equipe, a chance de ser campeão do mundo de futebol. Assim sendo, em 1966, 1982 e 1998, o Brasil chegou ao torneio ostentando a melhor equipe ou, como no caso de 1982, além da melhor equipe, ainda tinha a vantagem de empatar o jogo em que foi eliminada. Solicitei e o Breide prometeu que encaminharia um e-mail contendo as argumentações que levam a acreditar que existe a maldição dos dezesseis anos. Nesse momento, o e-mail com a fundamentação que comprova a dita maldição já estar rolando pela internet. A questão do manual estava já adormecida quando chega ao recinto o Pimentel. Depois de ser efusivamente cumprimentado, foi-lhe apresentado o referido manual. Ato contínuo passou a tomar conhecimento do conteúdo de tão questionado elemento de informações. Depois, solicitou a atenção dos presentes. Assim sendo, o Brito, Fernandes, Figueiredo, Baciuk, Primo, Cláudio, Wankes, Florêncio, Ribas, Breide, Ribeiro Souto, e este escriba passaram a fazer parte da plateia atenta aos comentários que o Pimentel passou a realizar. Então, ele passou a analisar cada item, previamente selecionado, utilizando o seu característico senso de humor. O resultado foi uma saraivada de gargalhadas e diversão gratuita que somente os encontros da MMM podem proporcionar. Assuntos diversos foram abordados. Mereceram comentários alvissareiros a generosa porção de filé ao palito fornecido pela casa, em razão, talvez, das críticas levadas ao conhecimento da gerência do estabelecimento. Nada como a utilização do sagrado direito do consumidor. Bem, a comemoração dos aniversariantes do mês é processada com o tradicional bolo oferecido pelo Cláudio. Ao contrário do mês de março, o bolo não apresenta origem duvidosa e nem é mascarado com uma dupla porção. Foram comemorados os aniversários dos integrantes da MMM do mês de abril residentes ou não no Distrito Federal. Saúde, paz e felicidades para os aniversariantes. Após a fotografia que materializa a reunião, me afasto do local com a dúvida sobre ter ou não recebido o manual da discórdia. Para os que não compareceram a reunião existe a oportunidade de, acessando a HP da Turma MMM, poder ser apresentado ou rever a fotografia do dito manual. Fui! Simões Junior{jcomments on}