Reu Bsb - 29062012 - A farra do Chico e do Édio

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A farra do Chico e do Édio.

A reunião da MMM/DF programada para o dia 29 de junho prometia ser especial. A coincidência da reunião do Alto Comando do Exército com a última sexta-feira do mês de junho iria permitir a participação dos nossos companheiros Bolivar, Benzi e Chico, que estão fora de Brasília, bem como do Silva e Luna e do Mayer que aqui residem. Considerando que essa reunião do ACE envolve, normalmente, toda a semana, era necessário que o retorno deles para seus Comandos fosse marcado para depois das 16h00min do dia 29 de junho.

A possibilidade de que esses visitantes participassem da nossa reunião criou um clima de expectativa. É claro que a presença deles ou de qualquer outro integrante engalana nossa confraternização. No caso específico, não somente pelo alto cargo que ocupam na estrutura do nosso EB, mas por se tratar de membros da MMM que são, sem nenhuma bajulação, unanimidades entre todos nós. As tratativas foram mantidas e a adesão sendo confirmada uma a uma. Entretanto, razões outras conduziram ao encurtamento da reunião do ACE e o término foi programado para a quarta-feira, dia 27 de junho. Em virtude dessa alteração, perdemos a oportunidade de abraçar esses diletos amigos e privar de sua companhia na confraternização da MMM/DF. O que nos conforta é que, em período de tempo bem curto, eles serão designados para comissões em Brasília e, dessa maneira, serão presenças constantes em nossas reuniões. A vida continua e a fila não para, portanto, é preciso voltar o pensamento para os preparativos do dia 29 de junho. Enquanto o momento de iniciar o deslocamento para o restaurante do Clube do Exército não chega, este escriba aproveita para algumas reflexões. De imediato, não posso deixar de louvar a iniciativa do presidente Silva Pinto, da gloriosa MMM/RJ, ao estabelecer como meta prioritária a participação, na condição de ilustres convidados, de nossos oficiais instrutores da AMAN que residem na cidade maravilhosa, na próxima reunião nas CNTP. Essa valorização dos “mestres” é primordial para que a nossa instituição se mantenha cada vez mais sólida e unida em torno de suas tradições, de seus chefes, de sua destinação constitucional e da responsabilidade que a Pátria exige de quem ostenta a gloriosa farda de Caxias. Espero que a reunião do dia meia dúzia de julho seja destacada, entre outras tantas já realizadas, pela presença de cadetes da MMM e seus instrutores. Posso imaginar quantos causos serão lembrados e que oportunidade o poeta Nilo terá para registrar tão significativo encontro. Quem fizer o esforço necessário e puder comparecer a essa reunião vai incorporar a sua vida momentos de alegrias e saudades que somente a presença efetiva pode incluir na memória. Por falar no poeta Nilo, ele escreveu recente artigo sobre a questão da placa na AMAN (veja na nossa HP, no ícone “causos e crônicas 72”) em que aborda com muita propriedade essa crise estabelecida em razão de decisões superiores. Não cabe nesse momento abordar o mérito da questão. Essa manifestação deve ser realizada por intermédio de outros instrumentos legais. Entretanto, o nosso companheiro Nilo traz a baila posicionamento destinado a perpetuar os nossos companheiros cadetes que, em razão de incidente ou acidente, perderam a vida na busca do objetivo de ser oficial do EB. Se não estou equivocado, a MMM perdeu o cadete Galdino e cadete Miranda em instruções destinada a atender o ensino profissional. O que ficou dessa fatalidade? O velório na capela da AMAN, o choro de cadetes e familiares, pequena homenagem na Revista da AMAN e a eterna saudade. Por ter servido no 25º Batalhão de Infantaria Paraquedista, convivi com o “Bosque dos Campeões”, com as tristezas e homenagens que ele reserva para quem lá comparece e o admira. Trata-se de local sagrado, onde placas de bronze registram o tombamento de oficiais e praças paraquedistas que, no cumprimento de sua missão, deram a vida pela Pátria. Lembro-me das placas de meu grande amigo capitão Lacerda (AMAN/1970) e do tenente Bom Giovanni, de turma da AMAN que desconheço, mas que as histórias do Coronel Brito Viana (nosso instrutor, da Seção de Educação Física) incorporaram ao meu cotidiano. Se não houvesse o citado bosque e as placas, não seria possível conhecer um pouco do tenente que serviu naquele Batalhão e faleceu durante a execução de salto de paraquedas. A materialização dessa homenagem, por intermédio das placas, é que mantém viva a participação desses companheiros na história do nosso Exército Brasileiro. Portanto, abraço a causa do Nilo e espero que um dia realizemos esse sonho de também haver um bosque na AMAN com as placas do Miranda, do Galdino e de tantos outros cadetes. Prosseguindo, em outra vertente, não posso deixar, também, de registrar o talento poético do meu amigo Cordeiro (Eng). A oportunidade que a HP proporciona a que se conheçam talentos enrustidos é sensacional. Fiquei sabendo que o Cordeiro foi o autor da canção do 1ºBECmb e sei que essa notícia deve ser surpresa para muitos dos integrantes da MMM. É isso, meu dileto amigo, preencha o seu tempo na busca das palavras que complete a rima desejada e possa tornar poesia àquilo que você deseja expressar. Outro comentário a fazer envolve os integrantes da MMM/Axé. A Bahia, de todos os Santos, é o local das festas e os companheiros que lá residem sabem aproveitar. A liderança do Mário é exercida de forma exemplar. É notória a sua capacidade de agregar e motivar quem está ao seu lado. Lamento que não fosse definido, ainda, o dia da semana em que eles se reúnem. Essa informação facilitaria o planejamento de visitantes à reunião da MMM/Axé. Tenho a certeza que o Mário vai atender o nosso preito e continuar conduzindo os nossos companheiros de Salvador para o bom caminho. Não posso deixar de lembrar ao meu fraterno amigo Mauro (Inf) a promessa que fez de trabalhar para realizar a reunião da MMM/Agulhas Negras. Como me considero resendense lamento que a Guarnição, que se coloca em terceiro lugar entre as que congregam integrantes da MMM, não tenha a sua reunião de confraternização. Continuo na espera que essa atividade importantíssima reúna o Xavier, Vita, Paulinho, Rafael, Noguti e outros que lá residem. Bem, é hora de retirar o carro da garagem e partir para a reunião da MMM/DF. O tempo é bom e as nuvens no céu da capital federal são escassas. Isso torna o céu de azul indescritível e de beleza sem igual. Realmente, o nascer e o por do sol em Brasília é coisa de cinema, como dizíamos antigamente. Ao chegar ao local verifico que as mesas estão arrumadas e reservadas para a MMM. O garçom que nos atende me saúda e aguarda a momento de iniciar os trabalhos. Passo alguns minutos sozinho e procuro admirar a beleza daquelas instalações destinadas ao lazer dos oficiais e seus familiares. De repente, chega o Virgílio, Ribas e seu filho. Enquanto nos abraçamos, percebo a chegada de um companheiro que, apesar de vizinho, faz a sua primeira visita a varanda do restaurante. Trata-se do Édio José do Carmo (Eng). A alegria de poder receber o amigo que não via desde a formatura na AMAN é indescritível. A minha ida para a EsPCEx, com os demais companheiros de Resende, foi no famoso Trem de Aço e o Édio estava junto. Conversávamos sobre as unidades que cada tinha servido durante o serviço ativo, relacionando cada OM a determinado tempo da carreira, quando observamos a aproximação de um autentico visitante. Para nossa surpresa o Chico Ferreira adentrava na varanda. Com a sua simplicidade característica, o atual Comandante Militar do Oeste abria o sorriso e cumprimentava os presentes. Não aguardava uma visita desse quilate, ainda mais que a reunião do ACE tinha sido reduzida. Ele informou que não poderia perder a oportunidade de rever os companheiros da MMM/DF e, devidamente autorizado, permaneceu tratando de assuntos de interesse do CMO em Brasília. A presença a reunião começa a ganhar a adesão dos que não a perdem de maneira nenhuma. Nestor (Cav), Pimentel (MB), Primo (Int), Magno (Int), Nei (Art), Wankes (Com), Antônio Augusto (Art), vizinho que andava sumido, Roldão (IME), Otto (Com), Maciel Monteiro (Com), Brito (Com), Arakaki (Art), Gastão (Com), Plinio Boldo (IME), Florêncio (Com) e o Bohrer (Inf). Essa reunião se caracterizou pela total adesão dos companheiros da Arma de Comunicações que residem em Brasília. Normalmente, os integrantes da Arma de Engenharia mantém a maior adesão aos eventos da MMM/DF. Entretanto, hoje eles foram suplantados pelos herdeiros de Rondon. A presença do Edio e do Chico na reunião trouxe a esperança que outros companheiros possam retornar ao convívio, no caso dos nossos vizinhos, e que o planejamento de viagem para Brasília inclua a última sexta-feira do mês e, como consequência, o visitante possa curtir o encontro com os que residem na capital federal. As conversas ganharam todos os terrenos propícios para o engajamento direto nas diversas questões nacionais e internacionais. A vitória da Itália sobre a Alemanha mereceu destaque e as apostas para a grande final apontam para o país da bota. É esperar o domingo e aguardar uma partida digna de Eurocopa. O Wankes, aniversariante de ontem, aguardava ansioso a chegada do Florêncio, responsável pelo bolo que comemoraria o aniversário dos integrantes da MMM que conquistaram mais um ano de vida. Chega o Florêncio e sem mais demora, o Wankes parte o bolo e faz a entrega de dois pedaços para seus companheiros de apartamento do 1º ano do Curso Básico. Grande demonstração de que a memória está em alta. O cara nem esperou cantar o tradicional “parabéns para você”. Ainda sobre forte emoção, o Wankes questionou as ausências do Silva e Luna e do Mayer. Não posso responder, mas acredito que as obrigações profissionais impedem que os dois possam estar presentes. Preciso me ausentar e deixando o papo bem animado, despeço-me dos companheiros. Ao sair, penso que alegria poderemos ter na reunião do mês de julho. Quem sabe o Breide, o Bandeira Sette, o Kasper, o Ventura comparecem e nos causam bela surpresa. Seria demais sonhar com a presença de visitantes e contar com a presença do Bac, do Barcelos ou do Nilo, por exemplo. Ligo o carro e percorro às largas vias de rolamentos do Setor Militar Urbano. Ganhei o dia!

 

Simões Junior{jcomments on}