Reu CMPV 01 Jun 2012

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Alô amigos,seguem os "flashs" de nossa reunião nas "CNTP" (não nos venham mais com polêmicas). Maravilha termos "gente da gente que aparece por aqui", ficamos contentes com o Vargão trazendo notícias lá do Oeste, todo feliz com a formatura do filhão. Apareceram também visitantes ilustres, um deles quero ver quantos acertam quem é (aparece em várias poses). Envio também montagens do "Projeto Memória das CNTP" e alguns achados mostrando a "História das CNTP" e, para os "reclamões", até há alguns meios de transporte da época. Forte abraço a todos.Angelo, KbçA...

PS: sobre o sufrágio no desafio, a urna trazida por DOM OBÁ III foi definitiva: FICA... BOCÃO,até porque qualquer outra opção esbarrava numa inadequabilidade logística de transporte... argumento insuperável e fortíssimo dos cabos eleitorais do Bocão ... viu Zé Boré?

PS2: hoje é DIA DAS NAMORADAAAAAS, não se esqueçam... {jcomments on}

 

 

ECOS DA ASSEMBLEIA JUNINA / 2012

 

 

A caminho do CMPV para a assembleia de junho, saio do trabalho em Copacabana, busco filha no colégio em Botafogo, a conduzo para almoçar com os avós na Urca, e de lá, após breve pitstop, rumo ao evento mensal na Praia Vermelha. Em pleno trajeto, nas agruras do trânsito urbano surpreendo-me ao avistar, e quase atropelar, o dileto mestre literário de 72, Dom Coco, a atravessar a rua em aparente curtição do lirismo divinal das Arcádias e desapego notório de sua ocasional natureza terráquea de pedestre carioca. Buzino, insano, desesperado ante a tragédia tangencial, brado aos ventos o nome do renomado bardo na tentativa de alertá-lo do perigo e, dele desviada minha desprezível fubica, pros sigo dirigindo, até agora ignorando se fui percebido pelo legendário irmão de Arma. Traumatizado, porém aliviado pelo fracasso de provável encaminhamento de Dom Coco ao ortopedista, adentro o mezanino famoso do Círculo Militar.

Novas e desta vez gratas surpresas: integrado aos habituais confrades reconheço o Vargas, ínclito artilheiro, paulista radicado em Campo Grande-MS, hoje a compor com o também artilheiro Ávila e o infante Corrêa a representação da Nação72 naquela importante guarnição do EB/CMO. No curso do encontro, de saudosas reminiscências, ao ser indagado por mim sobre a correspondência virtual da Turma, o Vargão declarou acompanhá-la de perto, em interessante subsídio a recente e oportuno chamamento do Simões Júnior quanto à maior participação coletiva, sobretudo a fim de serem emitidas opiniões e relatos pessoais. Caro Simões, aposto que a maior ia silenciosa está atenta e pouco a pouco se pronunciará na Intranet da TuMMM. É aguardar para crer. Aliás, a razão principal de o Vargas ter vindo ao Rio foi a formatura de filho seu na Escola de Marinha Mercante, motivo de alegria geral a par do convívio na reunião em foco.

Bem acompanhado esteve o Vargas no rol de visitantes ilustres. O capitão Israel, antigo monitor na Seção de Educação Física acadêmica, de inesquecível assessoramento nas instruções de superação de obstáculos da Pista de Pentatlo Militar, especialmente no uso da técnica da bandeira na escada fixa vertical, também se corporificou na Assembleia, relembrando causos dos antigos cadetes. O Dr Lobo do Moneró, esmerado anfitrião e atleta, ajudou a reavivar idos da seara esportiva, pois o botafoguense Israel serviu durante longos períodos na EsEFEx e na Brigada Aeroterrestre. Ele e o Vargão abrilhantaram sobremaneira o convescote no CMPV, propiciando excelentes momentos à galera da Irmandad e72.

Variados e importantes temas constaram da abagunçada pauta informal. Estimado e atuante confrade, por exemplo, declinou sua irresistível vocação para ser de Cavalaria. Segundo o lendário combatente gaudério, ora afamado causídico engravatado, o fato de ter esnobado a Arma dos horizontes amplos e cargas avassaladoras derivou de motivos alheios à sua vontade; de acordo com suas palavras, só assumiu coragem para revelação de tamanha exposição profissional graças ao processo de catarse que o acomete, mais de quarenta e dois anos decorridos do envelopamento sigiloso da piruação individual das Armas, Quadros e Serviços. E, sem ninguém a a rgüi-lo, deslanchou o fero guerreiro a enfileirar fatos que comprovariam sua queda inata para a arte da equitação, por conseguinte para integrar o Esquadrão da AMAN.

Caudalosos foram os argumentos, narrativas e explicações. Para poupá-los, transmitirei apenas aqueles externados de modo mais veemente pelo filho pródigo de Santa Maria, cujo nome discrição em mim arraigada impede publicá-lo, tencionando protegê-lo de especulações vãs e injustas, talvez provocativas de reações iracundas no seio de sua valorosa Arma. Comparo sua desdita interior à de flamenguista roxo admitindo frustração de não ser vascaíno; à de palmeirense simpatizante da grei corintiana; ou mesmo à de alguém cuja namorada de infância o abandonou para casar-se com o ex-melhor amigo. São provações terrenas, suscetíveis de acontecer a qualquer mortal. Retornemos ao querido confrade, escravizado por irrefreável estado de catarse freudiana, do qual me restringir ei a resumir duas narrativas marcantes que dele avultaram na tarde outonal da sexta-feira passada.

Na primeira, o Dr B, pseudônimo por mim escolhido, afiançou possuir o dom de montar. Invocou as origens gauchescas, pilchado desde piá, galopando corcéis selvagens na campanha e nos quartéis brigadianos, incluído o de Passo Fundo, tchê!!! Até então os circunstantes, absortos, calados, voavam nas asas da imaginação de feitos tão audazes a simples garoto. Mesmo para gaúcho nativo, recendiam proezas indizíveis. Todos o admiravam. Eu, feito criança e adolescente urbano no sopé do Turano, envergonhava-me na comparação ao companheiro audaz, radical a partir de tenra idade. Ato contínuo, pressentindo o sucesso reinante, o Dr B dá início a suas peripécias acadêmicas. Aí, caros leitores, a porca começou a torcer o rabo e as ilusões a se desvanecerem. Vejam só.

As estripulias eqüestres do então cadete Dr B irrompiam na Sec Equ AMAN, dada sua avidez por demonstrar dotes de cavaleiro exímio, a se contrapor a indisfarçáveis temores estampados nos rostos de companheiros desabituados aos gentis perissodáctilos ungulados da Seção, não sendo raro vários deles baixarem ao HM nas jornadas de equitação para o Curso Básico. Depois de rápida pesquisa, escolhia as piores montarias, os beiçudos via de regra mais alterados. Logo a seguir, adentrada a morada do cavalo-problema, o nosso confrade o cobria de impropérios verbais cabeludos, chutes, rabos de arraia, rudes safanões, socos, cuteladas de carateca feroz e gestos de jaez similar segundo hoje confirma, cândida e ingenuamente; no curso da andadura, se o animal manifestasse mínima intenção de retornar às baias, sobretudo motivada por exclusivo interesse próprio, recorria ele a ajuda heterodoxa, implausível nos manuais da nobre arte hípica, para retomar o controle da situação: sacava sólido porrete de madeira, certamente dissimulado sob a gandola e, do alto da sela, fazia valer a sua última ratio regis, açoitando sem dó nem piedade a cabeça da infeliz cavalgadura. Neste ponto da narrativa, a platéia começava a dar sinais de inquietação. Mais viria.

As cavalgadas espontâneas do Dr B, pasmem, revestiam-se igualmente de elogiável cunho social. Nos finais de semana, ele e outro eminente irmão de Arma, natural do agreste nordestino, punham-se a cavalgar nas proximidades de Resende. Mais que recreá-los, os passeios visavam a minorar a penúria financeira de amigo comum, morador nos arredores da área edificada da cidade. O Dr B, e o seu acompanhante, a quem denominarei Sr SC, inebriados pelos bons propósitos de salvação eterna, com os embornais e mochilas carregados de alimentos dirigiam-se à residência da pobre criatura, decerto antecessora dos sem-terra atuais. Num desses passeios equobeneficentes, ao serem atreladas as rédeas dos arreamentos ao moirão que amparava a casa-grande do anfitrião, ao menearem levemente as cabeças os animais a construção desabou num único e espetacular estrondo, junto com ela os residentes, a cavalhada e os sonhos dos jovens samaritanos para assegurarem precocemente futuro ingresso nos verdes campos celestiais.

Perplexo diante de tantas confissões inusitadas, mesmo entremeadas quatro décadas dos acontecimentos que lhes dão fundamento, desabei tal qual a morada campestre do amigo comum ao Dr B e ao Sr SC. Incrédulo e confuso, só me restou agradecer ao Dr B os relatos de indiscutível realismo fantástico e asseverar-lhe que, se cavalariano fosse, sem dúvida estaria ungido ao panteão de peças incríveis da Arma de Osório. No tocante à sua catarse, persistem aspectos recônditos a serem explorados em reuniões vindouras.

Temas outros de sutil relevância permearam a Assembléia. Premido pelo espaço, indicarei alguns, de relance: a belíssima camisa quadriculada de inspiração junina do Prez Pimpa; o interesse geral pela maior participação dos Três Mosqueteiros da ECEME, o Mota, o Nonato e o Ivan Piranha, além de Dom Coco, nas reuniões futuras; o Volotão, que arquivou a camisa 10, do R10; a dúvida transcendental levantada por confrade quanto à postura correta de protuberância típica da masculinidade, se à esquerda da braguilha da calça, conforme padrão de sua juventude, ou à direita, conforme sói acontecer na sua maturidade viril; a sofisticação fotográfica do KbçA, sempre à cata de ângulos originais para os cliques famosos, e a chegada de Do m Obá III sobraçando urna que consagraria os momentos mais solenes do dia, no referendo Boca x Zé Boré. Apreciada a proposta da MMM/DF em plenário, o Presidente da MMF/ RJ, após debates sucintos e rápida votação proclamou o resultado soberano da urna, calcado na invejável estima e prestígio do confrade Ismael: O BOCA ... FICA!!!

Rio, 02 de junho de 2012 - Nilo