QUANDO SERÁ A REUNIÃO NA CNTP?

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QUANDO EU TIVER 94? -

Implacável, a roda do tempo esmaece paixões e entusiasmos na correnteza da vida. Quantas crenças se desvanecem corroídas pela rotina inescapável do cotidiano? Quantas ilusões, carregadas de boas intenções, arrefecem diante de áridas realidades objetivas? Qual de nós, na quadra outonal da existência, transparece o vigor contagiante de certezas juvenis?  De minha parte, desespero-me para não capitular, tamanhas são as estocadas de ceticismo desferidas contra o meu patrimônio afetivo. Até o Vasco, símbolo de ternas recordações infantis, teima em contribuir para a descrença generalizada deste renitente torcedor nostálgico.

Nesta semana inaugural de maio, correspondência veiculada na rede social TuMMM agravou-me o desencanto crescente, quase levando-me a duvidar de valores que julgava insofismáveis. Santa ingenuidade, diriam alguns. E os fatos parecem justificá-los, quando, surpreso, deparei-me com a notícia de adiamento da reunião no CMPV para dia nove, segunda sexta-feira de maio. Vencida a momentânea estupefação inicial, em que ingenuamente supus a eclosão de imprevista hecatombe planetária amparando a inusitada troca de datas, passei a analisar os argumentos apresentados. E aí, caros amigos, a porca definitivamente torceu o rabo, no dizer de outros antigos.

​N​a origem dos acontecimentos, o próprio mandachuva da grei, o grão- comendador Pimpim,  remeteu à lixeira o sacrossanto compromisso de agregaram-se idosos joviais no campus do CMPV em dia há milênios consagrado no inconsciente coletivo da Nação72,  que pareava pouquíssimas coisas ainda inquestionáveis no mundo, como a pontualidade do Big Ben, a ordenação dos planetas e a simpatia da Presidenta. Pareava, enfatizo, pois  graças ao Prez Pimpa e a poucos acólitos apressados a magna data perdeu a credibilidade pétrea há anos consagrada, sob os escombros pífios do “enforcamento” de uma jornada pós-feriado.

Pergunto: trata-se de expediente burocrático a assembleia mensal da Turma notável, para ser equiparada a “ponto faltativo” na troça inoportuna de estimado confrade? Desde quando a euforia associativa do ansiado reencontro mensal de amizades viscerais pode ser nivelada ao exercício por vezes maçante de atividades funcionais obrigatórias? Com o respeito devido,  pode a dita sardinhada programada por outro querido confrade no seu paradisíaco sítio da Região dos Lagos subsidiar o adiamento?  E a indiferença cúmplice externada por diversos companheiros?  Podem interesses pessoais de alguns sobrepor-se a interesses coletivos legítimos?  Cartas para a caixa de entrada, smj.       

Meu desconforto avança a passadas galopantes, embalado pela boutade inócua, a sardinhada praiana, a indiferença alarmante e a complacência obsequiosa do eminente  diretor-geral/RJ. Propagador entusiasta da sexta inicial do mês no espaço mágico do Círculo como sendo ato institucional inadiável, me reconheço traído em arraigadas convicções  inadvertidamente transmitidas a caríssimos confrades, um presença bissexta por residir fora do Rio, outro que jamais adentrou o magno evento no CMPV.  Mais do que minha reputação pessoal, colocarei em xeque a própria reputação da agremiação afetiva TuMMM se vier a desconvidá-los no frigir dos ovos. 

Premido pela palavra empenhada, a adesão incondicional dos meus convidados à reunião e principalmente movido pela preservação da seriedade institucional da Turma/RJ, DECLARO: amanhã, 02 de maio de 2014, a partir das 13h00, cumprindo norma consuetudinária comparecerei ao baluarte do Círculo da Praia Vermelha no seu mezanino superior, para a reunião mensal da Nação72, ao arrepio de quaisquer outras considerações. 

Quando Eu Tiver Sessenta e Quatro Anos, canção imortal dos Beatles, anunciava as projeções do quarteto fabuloso para aquela idade, envolvendo questionamentos prosaicos, realizações afetivas e projetos de vida ainda inconclusos. Hoje, exatamente aos sessenta e quatro resta-me, entre outras, a expectativa de que nos meus noventa e quatro as reuniões da Turma, no CMPV, serão invariavelmente realizadas nas tardes das primeiras sextas do mês, aglutinando  número cada vez maior de adeptos a despeito de seus compromissos alternativos.  

Rio de Janeiro, 01 de maio de 2014

Saudações fraternas. NP Obá.{jcomments on}