VOLTAIRE NA REDE, OU CMPV FIELDS FOREVER !!! TOGETHER !!!

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“Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las”. (Voltaire)

“Os homens erram, os grandes homens confessam que erraram”. (Voltaire)

Prezado Doutor P Cobra -

Declarações suas recentes incendiaram ânimos na esfera da Nação72. De iradas a irônicas, as respostas contestadoras de confrades se irmanaram no repúdio unânime às considerações desatinadas veiculadas por VSª em ofensiva polêmica, permeada por revisões de acontecimentos históricos, julgamento de motivações pessoais, ética funcional e quejandos.

Ontem à noite, abrigando-me do intenso tiroteio verbal instaurado, vi inserida na rede brevíssima mensagem sua asseverando que estarei pronto para o debate acalorado com os causídicos que não entenderam o meu pronunciamento”. Parece VSª assim desejar acirrar ressentimentos, primeiro no confinar o debate ao círculo restrito dos bacharéis, desmerecendo a inteligência da plebe genérica, depois na promessa alardeada de tentar explicar o que não tem explicação. Reconheço em mim profundas, talvez incontornáveis limitações para captar sutilezas de óbvio discernimento ao seu aguçado saber jurídico e de outros luminares das leis, o que não me impede de perceber a ferocidade incompreensível do curto libelo contra irmãos de armas dignos, alguns deles merecedores de agradecimento eterno pela vitória titânica contra forças do Mal. Veja bem, não estamos lidando com querelas processuais intrincadas, lidamos com sentimentos, lutamos pela preservação da verdade, buscamos preservar uma Instituição que juramos defender e tem sido tão duramente injustiçada.

Dispensável dizer que discordo na íntegra de seus despautérios; julgo também forçoso admitir minha disposição ferrenha em defender o seu sagrado direito de expressá-los. No entanto, deduz-se das evidências mais banais caminhar VSª a passos trôpegospara o cadafalso, na tarde presumivelmente ensolarada da sexta-feira três de maio. Tentar justificar-se, ainda mais em “debate acalorado”, segundo suas ingênuas expectativas, equivale a crônica de empalamento moral anunciado, à altura das atrocidades de Gêngis Khan, Vlad IV ou dos príncipes cruéis da Transilvânia medieval. Evitar submetê-lo a tribunal de exceção, embora prenhe de justa indignação, é a tarefa a que me proponho para protegê-lo de danos adicionais a sua reputação já tão desgastada.

Muito o admiro, Doutor. Admiro o seu devotamento duradouro a sonhos e práticas da juventude, a paixão aeroterrestre intocada, o lançamento frequente no éter infinito, evoluindo nos arredores da morada celestial, pairando acima dos pobres mortais invejosos dos homens-pássaros escolados, guerreiros alados destemidos e carismáticos. Quando revejo suas fotos, no ar e após os saltos, algumas recentes empunhando o pavilhão nacional celebrando 31 de março de 1964, reafirmo a certeza de que as inconveniências a VSª imputadas não passam de tramóia maligna de detratores infames para fustigá-lo. São condutas diametralmente antagônicas, e continuo a acreditar nas belíssimas imagens subliminares junto ao quiosque 172, que desmentem os termos do seu texto psicodélico no dizer oportuno do sábio Xamã da Aldeota-Meireles.

Presumir haver perspectiva de defender o indefensável agrava sua posição irremediavelmente combalida. Persistir no erro, verdadeiro delito de opinião, soará como disparo de atiradeira contra míssil intercontinental, tamanha a desigualdade qualitativa dos argumentos a serem confrontados. Apesar de tudo, defenderei o seu sagrado direito de argumentação, ainda recusando-me a pespegar-lhe a pecha de trânsfuga, porém receando esteja VSª atacado por vírus demencial nocivo à lógica interna de suas opiniões ilógicas: privação de sentidos, hackeament o de e-mail, medicação trocada, crise existencial, provocação desnecessária a fatos e pessoas, insônia prolongada, seriam algumas hipóteses passíveis de serem alinhavadas para justificá-las, no entanto implausíveis diante da sua aparente normalidade psicofisiológica.

Dispa a persona contraditória do Dr P Cobra, pelo menos na atmosfera castrense. Volte a ser na plenitude o Cel Art LA Peres de Oliveira, combatente aguerrido, cujas crenças e valores foram em boa parte forjados nos mesmos bancos escolares de seus pretensos opositores virtuais. Volte a comungar das referências essenciais que nos unem durante a vida e que nenhuma faculdade de direito, ou de qualquer outra especialidade, concede aos seus formandos. Não haverá debate acalorado simplesmente porque não há o que debater ou explicar, tudo já foi dito e redito exaustivamente.

Rogo a VSª desobrigar-me, e ao público presente à reunião da Turma, de debate inútil e constrangedor para muitos, incluindo possíveis circunstantes civis frequentadores do CMPV. Se VSª pretende pedir escusas aos PTTC, de antemão o absolvo, assim como pressinto os demais vampiros-zumbis agirão. Se, ao contrário, insistir nas suas invectivas sinistróides, será inexoravelmente linchado no Portal Mágico da Praia Vermelha, e disso me recuso a participar.

Redima-se, Doutor, com a elegância e discrição típicas dos verdadeiros Artilheiros. Adentre o CMPV, receba os tradicionais cumprimentos amistosos dos velhos camaradas e curta a alegria espontânea de emocionados reencontros, especialmente quando há previsão de casa cheia. VSª, homem culto, letrado e sensível decerto iluminará sua biografia observando, além das citações de Voltaire acima mencionadas, a de que – Uma discussão prolongada significa que ambas as partes estão erradas”.


CMPV FIELDS FOREVER !!! TOGETHER !!!

Rio de janeiro, 01 de maio de 2013

Dom Obá III, cuja ira santa não arrefece o afeto, o carinho e a amizade pelos gloriosos integrantes da Nação72.{jcomments on}