108ª Reunião da Tu MMM72/DF: uma garrafa de vodka para o mais russo dos brasileiros
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- 19 Jul
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Programada para a última sexta-feira do mês, dia 28 de junho de 2019, a reunião dos integrantes da Turma Marechal Mascarenhas de Moraes, que residem no Distrito Federal, prometia ter a participação de visitantes ilustres. É sempre uma alegria incontida receber veteranos que residem em outros estados da federação. Poder abraçar um irmão de arma não tem preço. Dito e feito: presente na varanda do restaurante “La Cheff” o confrade Mayer. Esse campineiro por adoção e gaúcho de nascimento é um cidadão com compromissos de trabalhos na capital federal. Fico feliz que ele tenha dedicado tempo de sua complicada agenda para estar com os veteranos que residem no Distrito Federal. Destaco a presença dos seguintes veteranos: Arakaki, Valentim, Armando, Baciuk, Nestor, Breide, Primo, Cláudio, Sérgio, Fernandes, Heitor, Nei, César, Ribas, Magno, Pimentel, Ribeiro Souto, Plínio Boldo e Maciel Monteiro. Como de costume o papo era animado e os assuntos bem variados, da política ao futebol. Percebo que o Armando está com uma garrafa de uísque 12 anos, de marca famosa, procurando seus companheiros para degustá-la. Olha para os lados procurando o Fernandes e o Chibiski. Informo ao dileto amigo que o Fernandes ainda não está presente e que o Chibinki não vai comparecer ao evento, por encontrar-se em viagem ao estado do Mato Grosso do Sul.
O Armando continua a propagar no recinto que trouxe a garrafa de uísque e que os admiradores do precioso líquido não estão presentes. Chega o Fernandes e o Armando acalma-se. Os dois fazem um diálogo particular em que, posso imaginar, tratam de como vão degustar o nobre uísque. Assim, de repente, vejo que o Fernandes retira de sua tradicional mochila um pacote embrulhado para presente. Levanta-se e desloca-se para determinado espaço da varanda e, ato contínuo, convida eu e o Baciuk. Sigo com a curiosidade natural que impele o ser humano, quando percebe que algo de extraordinário vai acontecer. Emocionado, presencio o Fernandes entregar o tal pacote embrulhado para presente ao Baciuk e parabenizá-lo pelo transcurso de seu aniversário, ocorrido dias atrás. Registro o ato em fotografia obtida no celular do Fernandes.
Ao agradecer e abrir o pacote, Baciuk e eu nos deparamos com uma garrafa de excelente e renomada vodka. É preciso esclarecer que o confrade Baciuk é descendente direto de pais e avós russos. A sua família imigrou para o Brasil e ele veio a nascer no país tropical abençoado por Deus. Com o perfeito domínio do idioma russo prestou relevantes serviços ao País e ao Exército Brasileiro, em quadra difícil do cenário internacional.
A confraternização prosseguiu com a leitura da relação de todos os aniversariantes do mês de junho, moradores ou não no Distrito Federal. É uma tradição mantida desde a formalização do evento e que nos permite relembrar todos os integrantes da Turma, pelo menos uma vez ao ano. Após, o canto de parabéns para você ecoou no recinto, em voz alta e com muita emoção. Coube ao Baciuk realizar o corte e a distribuição de generosas fatias de torta de chocolate, tão apreciada pelos velhos soldados.
O pedido de “rep”, que no jargão militar significa repetir, no caso para nova porção da torta, era atendido com a máxima presteza. Ajudei na gratificante tarefa de distribuir as fatias de tortas, das “reps” e pude presenciar a alegria de alguns confrades em degustar esse néctar dos deuses. Penso que essa reunião serve para os confrades que fazem regime ou possuem restrição ao consumo de doce, burlar a vigilância da esposa ou tentar enganar a balança e o médico. Mas, raciocinado melhor, é uma vez por mês e que mal vai fazer? Ao sair da varanda do restaurante, penso na surpresa que o Baciuk teve com o presente que recebeu, bem como avalio a sensibilidade do Fernandes em presenteá-lo com um garrafa de tradicional vodka. É, temos de acreditar na grandeza do ser humano e apostar que esse mundo ainda tem solução.
Fui! Simões Junior