Reu BsB - 28 Fev 2014 - é Carnaval...

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A convocação para o encontro dos integrantes da Turma Marechal Mascarenhas de Moraes que residem no Distrito Federal (MMM/DF) tinha como objetivo secundário relembrar os momentos que antecedem a festa do Rei Momo.

Portanto, reunir velhos camaradas em torno de um Grito de Carnaval parecia ser um apelo forte. Entretanto, sabe-se que o carnaval de Brasília ainda não deslanchou. É costume dos nativos da capital aficionados pelos dias de folia carnavalesca procurar outras praças para se divertirem de forma mais intensa. Ao encaminhar a convocação já foi possível verificar essa constatação, dado ao grande número de comunicações em que companheiros justificavam a ausência em razão de deslocamento para o Rio de Janeiro e outras cidades. Bem, não se pode alterar a tradição da reunião da MMM/DF na última sexta-feira do mês, seja esta a que inicia o carnaval ou não. Portanto, me preparei para, quem sabe, arriscar uns passos de samba, atirar algumas serpentinas e cumprimentar um pierrô ou uma colombina. De bermuda branca e camisa listrada, dirigi-me para a varanda do restaurante do Clube do Exército, situado no Setor Militar Urbano. Ao longo do itinerário não observei qualquer movimentação ou sinal de que estávamos na véspera do carnaval. Tudo muito conservador. Até a “Passarela do Samba” eu não notei. As informações passadas nos programas locais de televisão afirmavam que estava sendo montada a estrutura para o desfile das agremiações nas proximidades do Ginásio Nilson Nelson. Confesso que não vi. Talvez seja a rotineira mudança da passarela que, em determinado ano é no Plano Piloto e, em outras ocasiões, em cidade satélite, não permite ao brasiliense a necessária e salutar fixação do local, como se pratica no Rio de Janeiro ou em São Paulo. Tudo isso conduz a que a cidade tenha certa dificuldade para se firmar como bom local para o carnaval. Como o principal motivo da minha ida para o Clube do Exército é rever velhos camaradas e, quem sabe, poder cumprimentar um visitante, me concentro no trafego dos veículos e torço para não enfrentar manifestantes em frente ao Palácio dos Buritis, sede do Governo do Distrito Federal. Existe um grupo grande de pessoas se manifestando. Estão limitadas ao curral existente com a finalidade de concentrar os participantes. Ainda não invadiram as pistas de rolamentos. Tenho sorte. Prossigo. Chego ao restaurante e encontro o Nestor em animado papo com a direção da casa. É preciso contar com o apoio daqueles que nos vão atender e permitir que o encontro transcorra dentro da normalidade. Passo, então, a escutar as informações prestadas sobre os aperfeiçoamentos realizados para que a equipe de garçons possa atender, nas melhores condições, os membros da MMM/DF. Agradecemos e nos dirigimos para a varanda. O local está pronto e em condições de receber os companheiros. Ao nos aproximarmos, verificamos a existência de placa indicativa de reserva das mesas em nome do coronel Nestor. Bacana. Sem a menor cerimonia, registramos a deferência com fotografia que materializa o carinho dos proprietários do restaurante para com a MMM/DF, na pessoa do Nestor. Isso é que se pode definir como prestígio. Chegam o Breide e o Augusto. O papo transcorre sobre as recentes promoções de generais. A varanda começa a receber aqueles que se dispuseram a rever e abraçar os amigos de cá e de lá. Registro as presenças do Chibinske, Magno, Berton, Primo, Valentim, Sérgio Lobinho, Arakaki, Bonato, Pimentel, Wankes, Luna Freire, Brito, Florêncio, Fernandes, Roldão e Maciel Monteiro. O interessante é que, naturalmente, os grupos de conversas são formados sem nenhum critério ou afinidade anterior. As intervenções em determinado assunto é livre e democrática, permitindo que as ideias sejam apresentadas, venham agregar conhecimento e enriquecer o debate. O que não faltam são temas controversos na atual quadra da conjuntura. Do julgamento no STF, da situação na Venezuela e dos times que disputam a “Copa Libertadores”, nada escapa do controle de homens maduros e com bagagem comprovada nas questões nacionais e internacionais. De repente, adentra o local o nosso general na ativa. O Mayer é saudado com bastante entusiasmo e muito calor humano. É o reconhecimento natural daqueles que, já na reserva remunerada ou reformados, colocam suas esperanças de uma Força Terrestre forte e unida, naquele aspirante de 1972 que permanece integrando o Alto Comando do Exército. É o momento de comemoramos o aniversário daqueles que nasceram no mês de fevereiro. O bolo foi uma oferta do Heitor que, mesmo na distante Resende, não deixou de cumprir a missão imposta pelo Brito. Após os parabéns, uma cena interessante. O Pimentel, aniversariante homenageado, fez questão de cortar o bolo e oferecer o primeiro pedaço para o Mayer. Questionei a razão da homenagem. Como resposta, escutei o “cangaceiro” dizer que ele tinha juízo e preservava a sua atual situação profissional. Entendi. É isso que se espera quando se reúnem camaradas dispostos a celebrar a vida: harmonia, diversão e muitas risadas. As horas indicam que o momento das despedidas se aproxima. É hora de passar no caixa e acertar as contas. A propósito, não encontrei nenhuma colombina e fui o único vestido de acordo com o tema do encontro. Não me iludo. A turma é conservadora ao extremo. Fui. Simões Junior{jcomments on}