Encontro com o Lobo!

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Existem certos compromissos que o homem não pode deixar de atender. O convite para participar de atividade em que a probabilidade de ocorrer cenas em que o sorriso vai prevalecer é altíssima, na qual a camaradagem impera como virtude e onde as desigualdades são desprezadas em nome da franca amizade é, simplesmente, imperdível. É claro que me refiro à reunião da MMM/DF. Na última sexta-feira do mês, na varanda do Restaurante do Clube do Exército, no Setor Militar Urbano, reúnem-se camaradas da Turma Marechal Mascarenhas de Moraes (MMM) para confraternizar e homenagear a vida. Por residirem no Distrito Federal, os integrantes da MMM/DF são privilegiados no quesito localização no território nacional. Por aqui passam a maioria dos aviões de passageiros com destino aos diversos aeroportos localizados nos estados da federação e, dessa forma, a possibilidade de que um visitante apareça nos encontros é grande. Na última reunião o ilustre visitante veio de Recife. A propósito, o Guimarães chegou a Brasília e desconhecia a existência da reunião da MMM/DF. Essa constatação do desconhecimento da reunião implicou em modificação da convocação parar o evento. Agora, o Brito expede uma nota para todos os integrantes da MMM, residentes no Distrito Federal ou não, de maneira que não haja dúvidas quanto à reunião da MMM/DF. Não se pode admitir que a falha na convocação resultasse na perda, por parte do Guimarães, de momentos agradáveis com seus camaradas do Distrito Federal. Ainda bem que o Arakaki descobriu o nosso visitante e o conduziu para o seio da MMM/DF.

Colocações a respeito desse fato realizadas urge que se passe a relatar os aspectos interessantes da reunião de hoje, dia 30 de novembro de 2012. A varanda estava ocupada pelo Nestor (Cav.), Brito (Com) e Fernandes (Eng.) quando adentrei no local. Senti que os espaços do Clube estão sendo aproveitados para as confraternizações de fim de ano. Grande agitação de militares e civis, provavelmente pertencentes às diversas organizações militares situadas no Quartel General do Exército, em salutar atividade destinada a manter a união e reforçar os laços de amizade. O nosso espaço é privativo e, para prevalecer o mando de campo, o Nestor manteve os contatos com a gerência do restaurante. Afinal, a nossa reunião é realizada durante todo o ano e não somente nas festas que marcam o encerramento do ano de trabalho. Portanto, muito justo que a MMM/DF tenha a preferência em ocupar a varanda. Logo a seguir, os demais companheiros foram chegando ao local. Saudei a entrada do Sérgio (Eng.), bem como do Heitor (Inf.), Cézar (Art.), Bonato (Art.), Arakaki (Art.), Chibinsk (Eng.), Primo (Int.), Magalhães (Int.), Magno (Int.), do Ribas (Inf.), Berton (Inf.), Baciuk (Cav.) e Bohrer (Inf.). As conversas foram direcionadas ao encontro da Turma, no dia 15 de dezembro, na Academia Militar das Agulhas Negras, em que a MMM comemora quarenta anos da Declaração de Aspirantes. Alguns nomes de companheiros foram citados e as confirmações das presenças no evento louvadas ou lamentadas, em razão de informações colhidas após o Ângelo emitir a derradeira rela dos que estarão em Resende. A adesão ao encontro dos quarenta anos do término do curso, que vai reunir mais de duzentos integrantes, foi fantástica. A resposta positiva ao esforço do nosso organizador e líder das reuniões na AMAN, o grande KABEÇA, serve como exemplo as demais gerações de oficiais que cursaram a nossa querida instituição de ensino. Enquanto abordávamos os preparativos para a grande festa, surge o general Rocha Paiva (AMAN/1973) e, numa demonstração de afinidade com a MMM/DF, iniciou a verificação do estado das mesas em relação aos farelos que por ventura existissem, ratificando determinada recomendação expedida em 1969 para o Corpo de Cadetes. Apesar das risadas, a saudade de seu pai, o nosso comandante do Corpo de Cadetes, o então coronel Paulo de Campos Paiva, foi sentida e louvada. Apostei com o Nestor que o Gastão (Com) não faltaria a nossa reunião. De repente, eis que surge um visitante. Alegria geral com a presença do Lobo (Inf.) no local. Integrante da MMM/RJ e frequentador das reuniões no CMPV, o carioca padrão tornou o ambiente mais alegre e atualizou as informações sobre o evento na AMAN. Existe relativa preocupação com a capacidade do Círculo Militar em suportar a presença de mais de trezentas pessoas na noite de sexta-feira, véspera do grande dia. Porém, como o objetivo é reunir e as senhoras estando acomodadas adequadamente, os marmanjos poderão praticar os ensinamentos colhidos em mais de quarenta anos de caserna, ou seja, suportar na posição de descansar número três, os incômodos que a idade acarreta. Ganhei a aposta: surge o Gastão e a reunião ganha uma nova dimensão. Papo animado, mas alguns precisam se afastar e chega o momento de cantar os parabéns para todos os aniversariantes da MMM que completaram mais um ano de vida neste mês. O Arakaki foi o encarregado de trazer o bolo e ele caprichou na escolha. Belíssimo visual do símbolo maior de qualquer aniversário. Como aniversariante do mês, tive a honra de soprar as velinhas. Valeu. No momento de cortar e distribuir as fatias do bolo, o artilheiro Arakaki sacou uma espátula que trouxe da casa. É uma demonstração da diferença dos filhos de Mallet em relação aos demais. Nada como conviver com pessoas que se preocupam com a organização e o detalhe. O infante faria o corte do bolo com uma faca MI-A1 e estamos conversados. Em outros tempos, os cavalarianos marcariam seu pedaço com um gesto mais ousado. Alguns se retiram e o papo continua sobre fatos da nossa querida AMAN. As gargalhadas ecoaram pelas dependências do restaurante quando causos são relembrados. Alguns casos, por ser tratar de personagens ligados à determinada arma ou curso, não eram, ainda, do conhecimento de todos os presentes e a natural surpresa. Quanta alegria estampada nas faces de velhos soldados. Saio da varanda e noto que o Lobo prossegue conversando com alguns companheiros. Que bela confraternização marcou o encontro do mês de novembro. Ao entrar no carro, juntamente com o Primo, penso que o Florêncio, o Virgílio, o Plínio, o Édio, o Otto, o Breide, o Bandeira Sette, o Silva e Luna, o Mayer, o Figueiredo, o Valentim e os outros, perderam a chance de rir, abraçar o Lobo e valorizar a vida. Simões Junior Fui.{jcomments on}